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Segundo idioma é decisivo para vagas de emprego na indústria e comércio

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21/10/2013

A indústria e parte do comércio estão mais seletivos nas contratações de trabalhadores e abrem  oportunidade para quem fala outro idioma. Na indústria, aproximadamente 11% dos cargos são ocupados por pessoas que têm conhecimentos básicos ou a própria fluência em outras línguas como inglês e espanhol, de acordo com o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam). No comércio, apesar da menor exigência, 5% das empresas que têm negócios com as companhias americanas só empregam quem domina o idioma.

Um levantamento feito pelo PortalD24AM em seis empresas especializadas no recrutamento e seleção de pessoas apontou a existência de pelo menos 18 vagas com o requisito de conhecimentos ou fluência em inglês, na maior parte das oportunidades. Os cargos disponíveis são para analista de comércio exterior, de planejamento de custos, para engenharia em injeção plástica, técnico de produto, supervisor de produção, entre outros.

A maioria das vagas era para a área industrial, reforçando que o setor lidera a busca profissionais com qualificação em outras línguas.

“Hoje, no mercado, seja ele qual for, um segundo idioma é uma exigência básica. Na maioria é inglês, tanto que isso deixou de ser diferencial”, analisa o presidente do Cieam, Wilson Périco.

O requisito não abrange as funções do chão de fábrica, como operadores e montadores, mas vale do nível técnico para cima, ressalta Périco. Engenheiros de qualidade, de teste, de produtos, de processos, técnicos, as áreas administrativa e financeira, como analistas de importação e exportação, e o setor de compra de produtos são algumas das funções onde o profissional deve falar outro idioma.

Além do contato com empresas matrizes e fornecedores fora do Brasil, os produtos e máquinas utilizados no Polo Industrial de Manaus (PIM) são de origem importada e vem com instruções em inglês.

Uma pesquisa realizada pela Coordenadoria de Relações do Trabalho e Emprego (CRTE) apontou que as empresas do Distrito Industrial têm dificuldade em contratar pessoas com fluência em inglês. A pesquisa foi feita com 34 empresas de Manaus.

Para o executivo, uma das maiores dificuldades encontradas pelas empresas são os profissionais que afirmam ter a fluência na língua inglesa, mas na prática não conseguem utilizar essa qualificação.

Comércio e serviços

No comércio, apenas 5% das empresas exigem outro idioma, aponta a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus). Essas empresas são aquelas de grande porte e possuem relacionamento direto com as companhias americanas, explica o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag. Os cargos com essa exigência, em geral, são para gerente e assessores.

Apesar do baixo número de profissionais com conhecimento ou fluência em outras línguas, falar outros idiomas é um diferencial no comércio. “Se você tem X vagas e uma dessas pessoas fala outro idioma, é uma diferenciação. A pessoa ganha pontos”, salienta o presidente da CDL-Manaus.

Como o comércio encontra dificuldades em encontrar trabalhadores mais qualificados, quem possui esse diferencial consegue mais rapidamente a vaga nas atividades com maior contato com o público, especialmente o turista.

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH/AM), Roberto Chagas, possuir outros idiomas é de fato vantajoso na hora de disputar vagas no comércio e em empresas de serviços, mas não uma exigência. A situação deve mudar com a proximidade da Copa e o idioma será obrigatório, avalia o representante da ABRH.

Para o diretor da associação, comércio, alimentação e turismo lidam diretamente com o público e há necessidade de maior número de profissionais com o domínio do idioma. Com a chegada da Copa do Mundo de 2014, a situação atual, segundo Chagas, precisa mudar.

“Imagina você trabalhar numa loja do aeroporto, como não ter uma boa fluência em inglês ou espanhol?”, avalia o vice-presidente da ABRH/AM. Em Manaus, há muitos estabelecimentos comerciais próximos a pontos turísticos, onde já há a necessidade de contratar trabalhadores que tenham fluência em outros idiomas. Com a realização da Copa, o fluxo de turistas em lojas, farmácias, hospitais e em outros locais trará uma necessidade ainda maior de trabalhadores que dominam outras línguas, observa o dirigente.

Chagas lembra que o governo do Estado e Prefeitura de Manaus têm se movimentado para fornecer cursos de idiomas à população, iniciativa que beneficiará o turismo.

Além do inglês e do espanhol, o mandarim deve se tornar um dos idiomas mais falados nos próximos anos com o crescimento da economia da China, avalia o vice-presidente da ABRH/AM. “Já vejo uma procura no mercado por pessoas que falem mandarim”, conta.

Fonte: Portal D24am.com

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