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Segmento segura faturamento do PIM

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08/11/2013

Enquanto os dois principais setores do polo industrial, eletroeletrônicos e duas rodas, continuam apresentando redução no faturamento em 2013. Os Bens de Informática continuam crescendo o faturamento no PIM. Com US$ 4,341 bilhões em faturamento em 2013, o segmento já representa 15,69% do total do faturamento do PIM, contra 11,76% de 2012 e 10% de 2011. E obteve um crescimento de 34,23% no faturamento no ano.

Em termos comparativos, o polo de Duas Rodas, que representava mais de um quarto do faturamento em 2008 e 21% até 2011 já representa ‘apenas’ 17% do total, com retração de 11,65% no faturamento em dólar de 2013. O setor de eletroeletrônicos também obteve queda representando atualmente 33,45%, contra 35,23% do ano passado com -2,39% de faturamento. Segundo o presidente do Cieam, Wilson Périco, os números alertam para a necessidade do PIM de buscar produtos diversificados para que o modelo não seja mais refém dos dois segmentos. 

“Precisamos buscar formas de diversificar com novos produtos, de desenvolvermos novas matrizes econômicas. Para que possamos atrair novos investimentos e não ficarmos reféns que somos desses dois segmentos de Duas Rodas e Eletroeletrônicos que hoje atuam fortemente no Polo Industrial”. 

Périco explica que as empresas acabam optando por fabricar bens de informática no Polo de Manaus, pois já possuem o produto dentro do seu portfólio e já possuem as instalações na cidade. “Usam dessa capacidade aqui instalada para produzir esses produtos, o que faz mais sentido do que investir em uma fábrica nova para realizar isso em outro lugar. No entanto, admite que com o crescimento desse polo em detrimento dos outros dois e devido aos problemas logísticos da região há o risco das empresas buscarem transferir suas produções para outros Estados. 

“Não é o que temos acompanhado. Isso já poderia estar ocorrendo agora. Mas é uma possibilidade e um risco que corremos”, comenta. 

Os bens de informática possuem benefícios em âmbito federal, advindos da lei nº 8.248/91, ou Lei de Informática, de 1993. Em meio à votação de prorrogação da Zona Franca, que visa estender os benefícios do modelo por mais 50 anos, a bancada de outros Estados, no entanto, busca incluir na pauta a prorrogação dos benefícios de informática. Para Périco, a prorrogação da Lei Informática prejudica o modelo e país. “É uma decisão pautada na questão política. Seria melhor para o modelo e para o país que não houvesse essa prorrogação. Por isso a Receita Federal é contra”, afirma o dirigente.

Para o presidente da Fieam, Antonio Silva, os segmentos de Duas Rodas e eletroeletrônicos só precisam de tempo para voltar a crescer. “Duas Rodas voltará a crescer quando os bancos voltarem a aprovar o crédito, não depende do modelo”. Quanto ao setor de Eletroeletrônicos, Antonio Silva, acredita que as vendas cresçam a partir de novembro. “As vendas para a Copa vão começar a partir de novembro. A partir daí o mercado vai aquecer. Essa é a previsão, os números não refletem nenhuma preocupação”, garantiu.

Fonte: JCAM

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