A Samsung estabeleceu como meta para 2020 ampliar a sua receita para mais de US$ 400 bilhões por ano, ante os US$ 212,94 bilhões do ano passado. Para alcançar essa meta, a companhia tem se dedicado à duas frentes: o desenvolvimento de inovações em suas linhas de produtos para consumidores e o fortalecimento de vendas para o mercado empresarial.

No ano passado, a companhia sul-coreana criou uma área no Brasil voltada especificamente para atender as empresas. Para comandá-la, contratou Marcelo Zuccas (ex-IBM) como vice-presidente sênior de negócios corporativos para América Latina. A meta do executivo é audaciosa. Até 2020, o segmento deve representar 23% dos negócios da Samsung na região.

"Para crescer, a Samsung precisa avançar em mercados onde ainda não está presente, como o mercado empresarial. E, para isso, é necessário reforçar as ofertas de software e serviços", disse Zuccas.

Uma das apostas é a substituição, nos próximos anos, de painéis analógicos por digitais em grandes redes de varejo e fast-food. Zuccas estima que boa parte da demanda virá de grupos de franquias. "Com softwares ligados aos painéis, as redes conseguem controlar a divulgação nas lojas, fazer promoções simultâneas, até definir as músicas que tocam no ambiente", disse.

O portfólio para o mercado empresarial inclui grandes telas acopladas a computadores, lousas digitais, aparelhos de ar condicionado de grande porte, impressoras, entre outros. Boa parte das linhas já estão disponíveis para consumidores. A diferença, segundo Zuccas, é a oferta conjunta de softwares que permitem às empresas gerir os conteúdos apresentados em telas e computadores, além de serviços de pós-venda e manutenção.

A filial brasileira é a segunda da Samsung no mundo a ganhar uma área de negócios específica para o mercado empresarial. A primeira foi a chinesa.

Fonte: Valor Econômico