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Salles ‘baixa o tom’ e exalta a Amazônia

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01/02/2020

Fonte: Acrítica

LARISSA CAVALCANTE

Em visita ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles citou investimentos em bioeconomia para a região. Salles disse que a agenda em Manaus é para fortalecer a política de preservação da Amazônia.

“O CBA renasce agora, sob o comando do Ministério da Economia, para realmente fazer avançar a bioeconomia. O Centro tem tudo para receber investimentos de empresas ligadas ao setor de cosméticos, farmacêutico, transformação de alimentos e uma série de pesquisas relacionadas à biodiversidade da Amazônia que, uma vez devidamente pesquisada e transformada em produto, irá gerar emprego e renda, a conservação da floresta, o desenvolvimento sustentável e a melhoria substancial da qualidade de vida das pessoas”, declarou o ministro em coletiva de imprensa na tarde de ontem.

Segundo Salles, a Amazônia é a região do Brasil com a maior riqueza natural, contudo possui baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O ministro do meio ambiente atribuiu à incapacidade de transformar a riqueza da biodiversidade em desenvolvimento sustentável.

É a primeira vez que o ministro do Meio Ambiente cumpre agenda no estado. No CBA, Salles visitou três laboratórios (de maquinários, amostras e de transformação de resíduo vegetal em fibras) e conheceu a planta amazônica Curauá, da mesma família do abacaxi, cuja principal utilização é a aplicação de suas fibras pelo setor industrial, para substituição parcial da fibra de vidro pela fibra vegetal.

NOVA SECRETÁRIA

Ricardo Salles afirmou que a Secretária da Amazônia, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) irá propiciar as atividades do Conselho da Amazônia, coordenado pelo vice presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), com ênfase em cinco eixos de atuação.

“Apoiar a elaboração do zoneamento econômico ecológico em toda à Amazônia, o trabalho de regularização fundiária feito pelo Incra, o pagamento pelos serviços ambientais e nesse sentido a obtenção de recursos de crédito de carbono e várias outras fontes e a bioeconomia cujo ápice está no CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) que faremos tudo para apoiar”, declarou o ministro.

No dia 9 de janeiro, Salles divulgou a criação da Secretária da Amazônia com sede na capital amazonense e funcionamento na sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Ontem, Salles e a comitiva do governo federal visitaram às futuras instalações da Secretária da Amazônia. O ministro disse que vai agilizar a implementação da pasta e o envio de servidores do MMA em curto prazo.

Em janeiro, em entrevista ao ‘Valor Econômico’, Salles disse que a proposta é contratar profissionais locais, além de transferir parte do pessoal lotado no ministério, em Brasília.

CRÍTICAS A ZONA FRANCA

Salles declarou, em entrevista ao site BR Político publicada no dia 29 de janeiro, que os incentivos fiscais para o segmento de bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) não fazem sentido.

Ele disse que a região deve investir em coisas que realmente precisam estar na Amazônia referindo-se à biotecnologia e bioeconomia.

A fala provocou reações contrárias dos parlamentares do Amazonas.

“Em vez de continuar a dar subsídios a fundo perdido para o cara fabricar bicicleta na Amazônia, vamos fazer coisas que realmente precisam estar na Amazônia”, afirmou Salles.

Questionado pela imprensa a respeito das críticas ao polo de duas rodas, o ministro afirmou que a geração de empregos no PIM é um dos instrumentos para combater a pobreza e salientou a necessidade de investimentos em biotecnologia.

“Manter os investimentos, toda a atividade que está sendo desenvolvida e avançar na bioeconomia que tem um potencial muito grande nacional e internacional”, disse o ministro

Acordo ambiental será firmado

A agenda do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles em Manaus inclui a assinatura de um acordo de cooperação com o governo do Amazonas para o desenvolvimento de ações que promovam a melhoria da qualidade ambiental urbana. O ato está programado para hoje e acontecerá em uma balsa no rio Negro.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o compromisso é voltado, sobretudo, para a implementação do programa “Lixão Zero” para realizar o encerramento de todos os lixões e aterros controlados no Amazonas, combate ao lixo nos rios e igarapés, a instalação de dispositivos de retenção de resíduos sólidos e outras medidas direcionadas à gestão de resíduos sólidos.

Conforme a Sema, o acordo tem vigência de três anos, podendo ser prorrogável, com diversas metas, entre elas, a implantação de soluções de saneamento em comunidades ribeirinhas e outras que não estejam conectadas a sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitários e a instalação de estação de monitoramento da qualidade do ar.

A programação inclui uma ação de limpeza dos rios como parte do projeto “Rios Limpos para Mares Limpos”, com início das atividades no Porto de Manaus, que faz parte do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Blog ‘‘ Wilson Lima

governador do Amazonas

“É importante a vinda do Ministro do Meio Ambiente ao estado do Amazonas para reforçar o compromisso que ele tem com a região, sobretudo, com as políticas de desenvolvimento sustentável e a bioeconomia. A vinda é também para tratar da Secretaria da Amazônia e como os entes que estão instalados aqui, como CBA e ICMBio, podem fazer o cruzamento de informações e também as atividades transversais para que possamos, efetivamente, caminhar. Já avançamos e temos uma ação inédita no Amazonas que é o pagamento por serviços ambientais. Foi uma intermediação do Itamarati e como apoio do Ministério do Meio Ambiente. A Alemanha vai aportar R$10 Milhões no estado no período de cinco anos com a contrapartida do estado de reduzir em 20% o desmatamento em relação ao ano de 2019. Muitas dessas estratégias traçadas com os governadores do consórcio da Amazônia e com o Ministério do Meio Ambiente se concretizarem“.

Fábio Calderaro

MEMBRO TITULAR DA SUFRAMA NO GRUPO DE GESTÃO DO CBA

‘Cabe ao CBA o trabalho de inteligência’ O CBA não será mais um centro de pesquisa aplicada, será um instituto de desenvolvimento de bioprodutos e negócios. Promover o encontro entre o mercado e os institutos de pesquisa. Mostramos a potencialidade da bioeconomia. Precisamos da atual matriz econômica para financiar projetos de iotecnologia. Precisamos fortalecer o Polo Industrial de Manaus, aperfeiçoar e desenvolver novos vetores no estado seja bioeconomia, piscicultura, turismo e inovação, complementares ao atual matriz econômico. Cabe ao CBA o trabalho de inteligência para saber qual a potencialidade, o que devemos seguir e qual o tamanho do mercado. Reativamos os nossos laboratórios que estavam fechados. Abrimos um edital, chamamos pesquisadores e escolhemosprojetoscomníveldematuridadetecnológicaavançadaedirecionadas para o desenvolvimento de produtos e negócios. Sempre aparece empresas interessadas pelo o que se faz no CBA. Mas temos o problema: a falta de personalidade jurídica. Encontramos uma brecha por meio do Marco Legal da Inovação e na semana que vamos a Brasília para resolver esse obstáculo. Tão longo vencido conseguiremos atrair diversas empresas.

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