20/03/2015
Em 2014, 100% das negociações salariais no Amazonas obtiveram ganhos reais nos salários. De acordo com o "Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2014", divulgado ontem (19) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os reajustes conseguidos pelas 20 unidades de negociações no ano passado no estado superaram em 24 pontos percentuais o que foi observado nas 21 unidades de negociação em analisadas 2013 e superior a todos os resultados observados desde 2008 até 2013.
Das 20 negociações analisadas em 2014, 60% são do setor industrial, 35% do setor serviços e somente 5% do setor comercio.
O setor industrial se destacou em 2014 por apresentar a melhor performance de toda a série, tendo as 12 unidades de negociação apresentado ganhos reais, com 91,7% dos ganhos concentrados nas faixas de 0,01% a 3% acima da inflação INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Ainda segundo o Dieese, em média o ganho real no setor industrial do Amazonas em 2014 foi de 1,74%, percentual próximo ao registrado no ano anterior (1,45%).
Metade dos reajustes acima do INPC-IBGE estão concentrados na primeira faixa de aumento real, que varia de 0,01% a 1%; um quarto na faixa imediatamente superior, que vai de até 1,01% até 2% acima do índice de inflação; e 20% na faixa entre 2,01% a 3%. Os reajustes com ganhos reais acima de 4% representaram 5% do painel de 2014.
O presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcus Evangelista, explica que os ganhos salariais só foram possíveis porque no ano passado o país ainda não estava totalmente mergulhado na crise político-econômica pela qual está passando atualmente. Na visão do economista, em 2015 os trabalhadores terão mais dificuldades para manter o nível salarial.
"Este ano a coisa vai ser diferente. Temos um índice de desemprego cada vez maior e o Amazonas vem registrando um aumento no número de demissões. Na minha opinião, dificilmente os trabalhadores vão conseguir uma reposição salarial muito acima da inflação em 2015. Hoje o panorama é totalmente diferente", enfatizou.
Brasil
Em todo o país, 91,5% das negociações salariais da indústria, comércio e serviços conseguiram reajustes salariais acima da inflação para os trabalhadores. De acordo com o estudo, que analisou 716 negociações coletivas, o aumento real médio, medido pelo INPC, equivaleu a 1,39% no ano passado. Ainda segundo o Dieese, no ano passado outros 6,1% dos reajustes igualaram o índice inflacionário e 2,4% não alcançaram ganhos reais.
Nacionalmente, comércio foi o setor com melhor desempenho nas negociações de reajuste salarial do ano passado. Segundo o estudo, 98,2% dos acordos feitos nesse setor incorporaram ganhos reais. Com relação ao percentual de aumento real, foi de 1,47% em 2014 ante 1,43% em 2013.
Já no setor industrial, 90,9% dos reajustes foram acima da inflação no ano passado. Em média, o ganho real nesse setor foi de 1,38%, percentual próximo ao registrado no ano anterior (1,32% em 2013). No setor de serviços, 89,2% dos acordos feitos ficaram acima da inflação. Já na avaliação por região, o Norte, obteve o pior percentual de reajuste, com 89,6% dos ganhos acima no INPC.
Fonte: JCAM
Das 20 negociações analisadas em 2014, 60% são do setor industrial, 35% do setor serviços e somente 5% do setor comercio.
O setor industrial se destacou em 2014 por apresentar a melhor performance de toda a série, tendo as 12 unidades de negociação apresentado ganhos reais, com 91,7% dos ganhos concentrados nas faixas de 0,01% a 3% acima da inflação INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Ainda segundo o Dieese, em média o ganho real no setor industrial do Amazonas em 2014 foi de 1,74%, percentual próximo ao registrado no ano anterior (1,45%).
Metade dos reajustes acima do INPC-IBGE estão concentrados na primeira faixa de aumento real, que varia de 0,01% a 1%; um quarto na faixa imediatamente superior, que vai de até 1,01% até 2% acima do índice de inflação; e 20% na faixa entre 2,01% a 3%. Os reajustes com ganhos reais acima de 4% representaram 5% do painel de 2014.
O presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcus Evangelista, explica que os ganhos salariais só foram possíveis porque no ano passado o país ainda não estava totalmente mergulhado na crise político-econômica pela qual está passando atualmente. Na visão do economista, em 2015 os trabalhadores terão mais dificuldades para manter o nível salarial.
"Este ano a coisa vai ser diferente. Temos um índice de desemprego cada vez maior e o Amazonas vem registrando um aumento no número de demissões. Na minha opinião, dificilmente os trabalhadores vão conseguir uma reposição salarial muito acima da inflação em 2015. Hoje o panorama é totalmente diferente", enfatizou.
Brasil
Em todo o país, 91,5% das negociações salariais da indústria, comércio e serviços conseguiram reajustes salariais acima da inflação para os trabalhadores. De acordo com o estudo, que analisou 716 negociações coletivas, o aumento real médio, medido pelo INPC, equivaleu a 1,39% no ano passado. Ainda segundo o Dieese, no ano passado outros 6,1% dos reajustes igualaram o índice inflacionário e 2,4% não alcançaram ganhos reais.
Nacionalmente, comércio foi o setor com melhor desempenho nas negociações de reajuste salarial do ano passado. Segundo o estudo, 98,2% dos acordos feitos nesse setor incorporaram ganhos reais. Com relação ao percentual de aumento real, foi de 1,47% em 2014 ante 1,43% em 2013.
Já no setor industrial, 90,9% dos reajustes foram acima da inflação no ano passado. Em média, o ganho real nesse setor foi de 1,38%, percentual próximo ao registrado no ano anterior (1,32% em 2013). No setor de serviços, 89,2% dos acordos feitos ficaram acima da inflação. Já na avaliação por região, o Norte, obteve o pior percentual de reajuste, com 89,6% dos ganhos acima no INPC.
Fonte: JCAM
© 2023. CIEAM. Todos os direitos reservados.