16/11/2018
Notícia publicada pelo site Economia Uol
Em 2016, a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todas as unidades da
federação. Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no PIB (Produto Interno Bruto).
Os dados são referentes ao PIB de 2016, mas o detalhamento por estados só foi divulgado nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), na pesquisa de Contas Regionais de 2016.
Segundo o IBGE, os resultados de Roraima e do Distrito Federal, que teve estabilidade do PIB em 2016, podem ser explicados pelo
peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente.
A pesquisa mostra que a retração econômica que o país enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas, onde o PIB caiu
6,8%, no Piauí e em Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%.
Principal fatia do PIB, a participação paulista na economia brasileira cresceu em meio à crise. Em 2015 e 2016, anos de recessão, o PIB de São Paulo passou a responder por 32,5% da economia brasileira, crescendo 0,5 ponto percentual em relação a 2014. Nos anos anteriores, o estado vinha perdendo sua participação no PIB total, que chegou a ser de 34,9% em 2002.
Em 2016, a economia paulista ficou entre a dos 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional, com queda
de 3,1%. O grupo inclui a alta de 0,2% de Roraima, o resultado estável do Distrito Federal, e quedas que vão de -1,4% a -3,1%.
No grupo, estão Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, que ocupam a 3ª, a 4ª e a 5ª posição no ranking dos PIBs estaduais. Os
cinco estados com maior PIB concentram 64,4% da economia brasileira.
PIB do RJ caiu 4,4%
As outras 15 unidades da federação tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional. No grupo, está o Rio de Janeiro,
segundo maior PIB do Brasil, com uma queda de 4,4% em apenas um ano.
O Rio responde por 10,2% da economia nacional, enquanto Minas contribui com 8,7% do PIB, e Rio Grande do Sul e Paraná somam
6,5% e 6,4%, respectivamente.
TO foi o que mais cresceu entre 2002 e 2016
Entre 2002 e 2016, Tocantins foi o estado brasileiro cuja economia mais cresceu, dobrando de tamanho. O estado da região Norte
avançou em um ritmo médio anual de 5,2%, somando 103,4% no período. Mato Grosso cresceu 89,1%; Roraima, 79,5%; Acre,
76,8%; e Piauí, 72,7%.
Entre todos os estados do país, o Rio de Janeiro foi o que menos cresceu no período, com uma alta média de 1,6% ao ano,
somando 25,3% entre 2002 e 2016.
DF tem maior PIB per capita do país
Quando avaliada a renda per capita, que é o PIB dividido pelo número de habitantes, o Distrito Federal tem o maior resultado do
país, superando a média nacional em mais de duas vezes. O PIB per capita no DF é de R$ 79.099,77, enquanto o do Brasil é de R$
30.411,30.
A menor renda per capita do Brasil é a do Maranhão, que tem R$ 12.264,28, valor bem próximo ao do Piauí, que soma R$ 12.890,25