29/10/2013
Robô humanoide é usado para fabricar biopróteses no Amazonas
Cada vez mais o homem usa inteligência artificial para auxiliá-lo no desenvolvimento de novas tecnologias. No Amazonas, uma universidade acabou de comprar um robô humanoide para ajudar pesquisadores na modelagem de próteses de madeira para pessoas que perderam membros inferiores. A técnica é pioneira devido à aplicação de espécies de madeira da Amazônia, como roxinho, ipê e cumaru na fabricação das chamadas biopróteses.
A produção das próteses de madeira inicialmente será para pé e tornozelo. A ideia é resultado de uma parceria entre a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
“O projeto iniciou em março de 2013 e tem previsão de conclusão para março do ano que vem”, contou ao Portal Amazônia a coordenadora do núcleo de tecnologia assistiva da UEA, Marlene Araújo. Ela adiantou que a fabricação de próteses tem previsão de estender-se para joelho e quadril.
Os beneficiários diretos das primeiras biopróteses serão pacientes amputados usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A novidade também vai agradar pesquisadores e profissionais das áreas de saúde e engenharia. “A bioprótese terá um preço bem mais acessível que as próteses de fibra de carbono, apesar de contar com a mesma capacidade de absorção de energia [impacto]”, disse Marlene, sem revelar o valor.
A coordenadora do núcleo de tecnologia assistiva da UEA disse esperar que a produção de biopróteses, após a conclusão do projeto, atenda 2 mil pessoas por ano.
Robô-professor
A partir de 2014, o robô também será empregado no desenvolvimento de crianças autistas ou com deficiência auditiva. Os cientistas estudam a possibilidade de usar o robô humanoide no processo de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Na França e em outros países, a técnica de interação entre robôs e crianças autistas é amplamente usada e tem bons resultados.“Precisamos desse tempo para conhecer melhor as potencialidades do robô e desenvolver estratégias de trabalho”, explicou Marlene.
O robô adquirido pela UEA com recursos da Fapeam é do tipo NAO e vendido no Brasil pela empresa Somai. Ele custou R$ 85 mil aos cofres públicos estaduais. A única inovação na utilização no Amazonas é o emprego na fabricação de próteses. O robô é importado da França e tem ampla utilização em atividades científicas no exterior. “A empresa Somai fez o robô [para o Amazonas] a preço de custo. O preço normal seria mais ou menos US$ 45 mil. Na França, ele custa US$ 30 mil.”, revelou Marlene. O modelo adquirido pela Fapeam é o mais moderno do Brasil.
O NAO é uma série de robôs usados para vários tipos de pesquisas. “É possível programá-lo para diversas atividades, mas na UEA ele será usado para tecnologia assistiva. Esse robô será nosso assistente”.
Fonte: Portal Amazônia
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