20/08/2013
Não fosse uma receita atípica de R$ 4 bilhões em maio, a arrecadação das receitas administradas, que excluem impostos e contribuições cobrados por outros órgãos, estaria ainda mais próxima de zero, com crescimento de 0,33%. Sem receita extraordinária, a arrecadação no ano teria crescido R$ 2 bilhões
Renúncia fiscal
A decisão do governo federal de reduzir a zero a cobrança da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) incidente sobre a gasolina e óleo diesel para frear o aumento da inflação custou este ano R$ 7,53 bilhões aos cofres do governo. É o tamanho da renúncia fiscal observada de janeiro a julho, de acordo com cálculos da Receita Federal, divulgados nesta segunda-feira.
Além do desempenho mais fraco do Produto Interno Bruto (PIB), pesou no resultado a renúncia fiscal no período de R$ 43,7 bilhões, em função dos cortes de impostos setoriais promovidos pelo governo. Em julho, a arrecadação apresentou uma alta de 0,89% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 10% em comparação a junho deste ano.
Apesar do crescimento tímido, até agora, a Receita continua otimista e prevê uma aceleração da arrecadação até dezembro, fechando o ano com alta em torno de 3% acima da inflação. Até o mês passado, o Fisco trabalhava com um intervalo mais elástico, de crescimento entre 3,5% e 3%.
Para o coordenador de previsão e análise do Fisco, Eloi de Carvalho, embora o crescimento, acumulado de janeiro a julho seja pequeno, os percentuais de alta devem ser maiores no segundo semestre. Segundo ele, a base de comparação é bem elevada de janeiro a abril, mas passou a ser menor a partir de junho.
Fonte: Portal D24.com