13/05/2015
No bojo desse movimento a outra pergunta que não quer calar é se a ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP) será realmente confirmada como a nova superintendente da Suframa. Indicada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), num cabo de guerra entre ele e o senador Omar Aziz (PSD) e o governador José Melo (Pros), Rebecca se vê diante um cargo sem flores, num órgão afetado pelo abando político. Uma autarquia que vive sob ameaça de greve e que é vista como o olho míope do desenvolvimento regional para um governo federal.
Oficialmente, a representação da Suframa em Brasília afirma que a reunião do CAS é meramente técnica, para deliberar sobre dois tópicos: 1) autorização de um lote de terras no Distrito Agropecuário da Suframa para um projeto de implantação de piscicultura da Granja Hortolândia e 2) autorização de outorga de escritura de compra e venda de um terreno da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Amazonas.
Mas a expectativa de políticos e dos servidores da Suframa é com os bastidores da reunião.
Nesta terça-feira, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) denunciou na tribunal da Assembleia Legislativa um acordo que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) fez com a bancada do PP para votação de matérias do ajuste fiscal na Câmara dos Deputados em troca da indicação do nome de Rebecca Garcia para a Superintendência da Suframa, inclusive, segundo ele, com a publicação da nomeação no Diário Oficial da União entre hoje e amanhã. Nesta quarta-feira, 13, o Diário Oficial não traz nenhuma publicação sobre a Suframa.
O Ministério Público Federal, de acordo com matéria publicada no jornal Diário do Amazonas, instaurou inquérito civil público para investigar conflito de interesse na nomeação de Rebecca Garcia pelo fato de ela ser sócia de quatro empresas que recebem incentivos fiscais da Suframa.
Fonte: Amazonas Atual