As dificuldades para o financiamento de motocicletas preocupam o polo de duas rodas, que viu, no primeiro semestre, as vendas no Amazonas cresceram somente 12%, índice que ficou abaixo do projetado pelo setor. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), para cada dez solicitações de financiamento somente uma é aprovada.

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, diante do baixo desempenho apresentado desde o ano passado, o polo de duas rodas passou a ver com desconfiança o setor financeiro. “Nos últimos 10 anos, incentivadas pelo governo federal, as linhas de financiamento se multiplicaram. Na esteira do crescimento, aumentou também o número de inadimplentes, que hoje reflete diretamente na aprovação de financiamentos”, ressaltou.

As declarações de Fermanian foram dadas ontem, em Manaus, durante a realização de evento em homenagem ao Dia do Motociclista, comemorado dia 27 de julho. Para o presidente da Abraciclo, o Amazonas é o Estado mais importante para o mercado de ciclomotores do Brasil porque concentra no Polo Industrial de Manaus (PIM) as maiores fabricantes de motos. “Para cada 15 habitantes em Manaus, existe uma motocicleta”, frisou.

Em relação aos incentivos fiscais concedidos ao setor, o titular da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM), Afonso Lobo, revelou que o Amazonas trabalha “no limite”. Segundo ele, os incentivos fiscais concedidos ao polo de duas rodas não devem ser ampliados. “O Estado ampliou e incentivou as indústrias do setor. O próprio governo federal concedeu desconto de 16% no imposto sobre a energia elétrica”, salientou.

Social

O titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Thomaz Nogueira, destacou que a moto é um instrumento de inserção social para os brasileiros, principalmente, entre os jovens. “Para algumas pessoas, o primeiro veículo motorizado é a moto, que facilita o acesso ao trabalho ao lazer”, enfatizou o superintendente.

Fonte: Amazonas Em Tempo