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Representante do Ministério da Economia recebe pedidos em defesa da ZFM: "Tomei nota"

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28/04/2022

Malu Dacio

online@acritica.com

28/04/2022 às 14:00.

Atualizado em 28/04/2022 às 14:14


Pedidos em defesa da Zona Franca de Manaus marcaram a 303ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Os conselheiros requisitaram interlocução e apoio a causa para secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino. Em resposta ao representante da classe trabalhadora, Daniela respondeu que ‘tomou nota’.

“Tomei nota dos encaminhamentos. Certamente faço esse papel de vocalizar e manter amplo o diálogo com todo o setor produtivo e com todas as regiões. Peço também que a minha equipe tome nota para encaminhamentos”, disse a secretária.

Essa foi a primeira reunião da Suframa após o decreto de redução do IPI que não excepcionalizou a ZFM e contou também com a participação do superintendente da Suframa, Algacir Polsin, e de demais conselheiros representantes de órgãos ministeriais, governos estaduais e municipais e entidades de classe.

Para o presidente do Sindicato dos trabalhadores, Ricardo Miranda, há preocupação por parte classe trabalhadora, mas afirmou que confia no presidente Bolsonaro.

"Para que a Zona Franca de Manaus não seja prejudicada. A Zona Franca foi o que deu para o nosso estado um grande desenvolvimento e também para toda Amazônia Legal”, afirmou Miranda.

Ele pediu diálogo para garantir empregos e que empresários possam investir na Zona Franca de Manaus. “Para que nós possamos ter tranquilidade e voltar para casa sabendo que no outro dia o emprego está garantido. Temos mais de 100.000 empregos na Zona Franca de Manaus, foram comércio e o serviço”, lembrou.

“A classe trabalhadora pede que a BR- 319 seja concluída. Para o estado do Amazonas ser vinculado com os outros estados do Brasil. O dia em que a 319 acontecer, eu tenho certeza que teríamos produtos muito mais baratos no sul do país porque seria muito mais rápido. A mercadoria de Manaus ou sai de avião ou de barco e é caro. Isso deixa a gente muito aflito. Acreditamos que a 319 esse ano será concluída”, torceu o representante da classe trabalhadora.

Em sua fala, Algacir Polsin, superintendente da Suframa defendeu que o governo sabe da importância do PIM para o desenvolvimento.

“Tenho certeza que o governo federal também entende que as indústrias do PIM são atividade meio para atingirmos nossos objetivos de extrafiscalidade, que são o desenvolvimento regional, a redução das desigualdades e a melhoria da qualidade de vida da nossa população”, disse.

Nelson Azevedo, Vice-Presidente Fieam reforçou a grande preocupação e classificou o momento da indústria amazonense como um “tsunami que quer desabafar sobre nossas cabeças''.

“Mas se Deus quiser o bom-senso vai sobreviver. Quero deixar bem claro que não somos contra. Tudo que nós queremos e pedimos é que preserve os nossos direitos, as nossas vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus que está na Constituição”, pediu,

Já sabemos os impactos que pode causar no estado e sabemos que é desastroso, não temos outra opção alternativa então queremos realmente contar com o bom-senso. Ontem teve reunião com o governador e com o presidente e esperamos que dali saia algo positivo. Ele mais uma vez prometeu que vai cumprir e a gente continuar acreditando que vai acontecer”, torceu Nelson.

O vice-presidente lembrou da última reunião do CAS no dia 24 de fevereiro e pediu providências a secretária especial. “Lembrou também que na última reunião do dia 24, a senhora deixou a gente muito alegre quando disse que a partir daquele momento seria uma defensora da Zona Franca de Manaus. Todos nós acreditamos nisso”, torceu.

Radyr Gomes de Oliveira Júnior, titular da Secretaria municipal do trabalho, empreendedorismo e inovação, representou o prefeito de Manaus David Almeida e endossou as palavras do representante da classe trabalhadora.

“O modelo é muito importante para a nossa cidade. Estamos irmanados com o governo do Estado para tentar esse diálogo e demonstrar mais uma vez que esse é o modelo que tem êxito para o Brasil e para o mundo”, disse.

Investimentos

No início da reunião, foi aprovada uma pauta que contempla 34 projetos industriais, de serviços e agroindustriais. R$ 610 milhões e a geração de 1.048 empregos são esperados com a aprovação desses projetos. O período de aplicação na Zona Franca de Manaus é de até três anos.

Daniela finalizou a reunião destacando a fase final de elaboração do edital relacionado ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). De acordo com a secretária, na semana que vem, ocorrerá o lançamento oficial.

“É um trabalho de longo prazo com a contribuição de muitos de vocês e queríamos agradecer o apoio. Estamos fazendo o máximo esforço para que seja lançado na próxima semana”, finalizou.

Importância estratégica

O s iniciou seu discurso enfatizando que o modelo ZFM tem importância estratégica para a região e para o País e representa uma política de Estado que perdura por mais de 55 anos com sucesso absoluto em Manaus, mas que ainda é dependente do PIM e que precisa espraiar de forma mais ampla seus benefícios para toda a Amazônia Ocidental (Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e Amapá.

Ele também destacou a necessidade de união de esforços para o alcance de objetivos comuns e manifestou confiança no governo federal no que diz respeito à tomada de decisões favoráveis à região e à ZFM. “

Por fim, Polsin ressaltou a importância de que todos os atores contribuam para a divulgação positiva do modelo ZFM.

É importante que todos nós, desde a imprensa até os funcionários de chão de fábrica, façam a divulgação das características e a defesa do modelo ZFM, destacando sua importância estratégica para a nossa região. O Brasil todo tem que saber disso, caso contrário, pode ficar a impressão de que o modelo visa somente a dar lucro para as empresas, o que contamina processos decisórios importantes para a Amazônia”, reforçou, citando, na sequência, diversas ações em andamento na Suframa que buscam diminuir a dependência do PIM e diversificar a economia regional.

Fonte: Acrítica

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