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Relatório da Fiesp aponta baixa influência do PIM

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09/09/2013

Apesar de toda a importância que o Polo Industrial de Manaus representa para a economia do Amazonas, no cenário nacional a indústria do Estado tem participação reduzida. Esta é a conclusão do relatório “Panorama Da Indústria De Transformação Brasileira”, divulgado pela FIESP (Federação da Indústria do Estado de São Paulo). Utilizando dados das Contas Regionais do Brasil fornecidos pelo IBGE, em 2010, o documento mostra São Paulo como o Estado com maior valor adicionado da indústria de transformação, com R$ 219,9 bilhões. Este valor corresponde a 42,0% do valor adicionado da indústria de transformação brasileira. Com R$ 16,9 bilhões adicionados no PIB brasileiro em 2012, o PIM é hoje o Estado com a oitava participação na indústria de transformação brasileira. 

Ainda segundo a publicação, outros Estados que se destacaram com maior valor adicionado da indústria de transformação foram Minas Gerais, com R$ 54,3 bilhões, correspondente a 10,4% do valor adicionado da indústria de transformação nacional; Rio Grande do Sul com R$ 46,6 bilhões, correspondente a 8,9% do valor adicionado da indústria de transformação nacional; e o Rio de Janeiro com R$ 34,1 bilhões, correspondente a 6,5%.

Ao mesmo tempo em que o relatório coloca o Polo Industrial de Manaus apenas na oitava colocação nacional, os números ressaltam a importância do modelo para a economia amazonense. Dos 26 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, o Amazonas foi o que apresentou maior relação entre o PIB estadual e participação da indústria de transformação. Segundo a FIESP, 33,9% do PIB amazonense são derivados da atividade industrial; seguido por Santa Catarina (22,5% de seu PIB); São Paulo (21,2% de seu PIB); Paraná (18,0% de seu PIB) e Minas Gerais (17,6% de seu PIB).

Para os economistas, o relatório divulgado por São Paulo reflete a realidade, não representando, portanto, mais um ataque daquele Estado ao Polo Industrial de Manaus na chamada guerra fiscal. De acordo com o Conselheiro Executivo do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Jose Laredo, os números estão dentro dos parâmetros. Ele explica que, apesar do vasto parque industrial instalado no Amazonas, muitas dessas indústrias não representam os segmentos mais significativos da economia nacional.

“Os números estão relativamente corretos. A nossa variação pode ir do quarto até o oitavo lugar, dependendo do segmento analisado. Alguns segmentos aqui instalados têm mais influência nacional, outros não representam importância”, explicou Laredo.

Os números apresentados pela FIESP confirmam esta informação. No relatório os cinco principais segmentos com Valor Adicionado da Indústria de Transformação por Setores no Brasil em 2010 foram respectivamente: derivados do petróleo e biocombustíveis (R$ 72.380 2,24% de participação no PIB), Produtos alimentícios (R$ 72.266 e também 2,24% no PIB), Veículos automotores, carrocerias e autopeças (R$ 62.148 e 1,93%), Metalurgia (R$ 37.183 7 e 1,15%) e Produtos químicos (R$ 36.447 e 1,13%).

Estabelecimentos Industriais

Segundo dados da RAIS-TEM (Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego), em 2011, a indústria de transformação detinha 314.308 estabelecimentos no Brasil, o que representava 9,9% dos estabelecimentos de todos os setores de atividade da economia. Segundo os dados apresentados, em 2011, São Paulo era o Estado com maior participação no número de estabelecimentos da indústria de transformação, com 27,4%. Naquele mesmo ano, outros Estados que se destacaram foram Minas Gerais (12,6%), Rio Grande do Sul (11,2%) e Santa Catarina (9,8%).

De acordo com o relatório, o Amazonas, apresenta uma situação curiosa: apesar de ser apenas o 22º colocado em relação ao número total de empresas instaladas (com 1.510 empresas instaladas e participação de apenas 0,50%), o Estado foi o sétimo na Concentração dos Estabelecimentos de Grande Porte (500 ou mais empregados formais) da Indústria de Transformação em 2011, com 62 empresas e participação de 3,20%. É a concentração destas indústrias que garante ao Estado a oitava maior participação em relação ao valor adicionado da indústria de transformação.

Fonte: JCAM

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