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Reforma tributária preocupa setor de eletros e eletrodomésticos do Brasil

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05/08/2019

Notícia publicada pelo site O Imparcial

Samartony Martins

O volume de vendas de eletros para este primeiro semestre de 2019 fecha com o crescimento da linha branca (geladeiras, fogões, micro-ondas e outros) será de 13%. Já o de portáteis (smartphones, tablets, e outros) terá um aumento de 10% com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) durante a abertura da maior feira de bens duráveis da América Latina, a 14ª Eletrolar Show, que aconteceu esta semana, em São Paulo.

Durante a coletiva de imprensa que foi acompanhada por O Imparcial, e eletrodomésticos, José Jorge do Nascimento Júnior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), fez uma breve explanação sobre o setor no Brasil.

O empresário ressaltou que hoje a Eletros que foi fundada em 1994 está comemorando em agosto, 25 anos, agrega 30 empresas associadas, consideradas as maiores e mais importantes indústrias de eletro e eletrodomésticos do país. José Jorge do Nascimento Júnior revelou também que o setor gera atualmente mais 150 mil empregos diretos, na qual tem uma grande participação no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria nacional onde paga bilhões de reais em impostos todos os anos para o governo federal.

Entre as preocupações apontadas por ele, relacionada ao segmento está a reforma tributária do país que está sendo proposta pelo Congresso Nacional. “Eu acho que a reforma tributária causa um impacto direto no setor. Daí a minha preocupação, pois a reforma tributária tem grandes desafios para a sua conclusão. O nosso entendimento é que essa reforma não pode vir a prejudicar o que já temos hoje instalado no país. Um dos grandes desafios será fazer com a desigualdade entre as regiões não aumente ainda mais. Nós estamos extremamente preocupados para que não haja a migração de negócios entre os estados. Enfim a manutenção destes investimentos nestes locais é a premissa para a reforma tributária”, explicou José Jorge do Nascimento Júnior.

Outro alerta feito por José Jorge do Nascimento Júnior, ao qual o empresário considera extremamente grave é a possível migração de negócios do Brasil para outros países. Diante desse quadro, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos acredita que o país precisa de uma reforma tributária que resolva o “manicômio tributário” que se instalou no Brasil.

“É muito difícil para muitas empresas instaladas aqui, principalmente as multinacionais. É um quadro altamente complexo e a gente precisa sanar esse manicômio, assegurando a segurança jurídica. Essas empresas vieram para cá e se instaram aqui em uma regra. Se vão mudar esta regra, ela tem que ser mudada com cautela, com previsibilidade, e o principal com a nossa participação. O setor produtivo tem que participar da nossa construção das novas regras. Nós não podemos fica a mercê ou a margem dessas discussões porque entendemos temos a responsabilidade com a geração de emprego e pagamento de impostos. E nós acreditamos nesse país”, ressaltou presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos.

Reforma tributária não pode eliminar incentivos fiscais

Ao ser questionado sobre o projeto de uma possível instalação de uma zona franca no Maranhão que está em discussão no Senado, José Jorge do Nascimento Júnior acrescentou que atualmente o governo federal entende que não deve ter áreas especiais e que é preciso também ter um pouco de cautela.

“O Brasil é um país continental com grandes diferenças de desenvolvimento econômico entre os estados e entre as regiões. Já existem algumas teorias liberais que já dizem que, é necessário sim ter áreas especiais. Então a reforma tributária não pode ao nosso olhar, eliminar esses incentivos fiscais, pois vamos ter grandes problemas em algumas regiões do país. Não estou falando especificamente da Zona Franca de Manaus, não estou falando dos Pampas, nem do Nordeste, estou falando do Brasil como um todo. Mas sobre a instalação de uma Zona franca no Maranhão ainda não tenho conhecimento. Podemos colaborar para que tenha um ambiente propício ao negócio com as empresas e com certeza o capital vai se locomover para melhores condições, ai pode surgir uma oportunidade de novos negócios no Maranhão”, concluiu José Jorge Nascimento durante o evento que contou ainda com a presença o diretor do Grupo Eletrolar, Carlos Clur e do diretor de desenvolvimento de negócios do Google, Alessandro Germano.

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