31/07/2014
Além do interesse nacional, ambos os assuntos são essenciais para a economia do Amazonas, que busca fortalecer seu parque fabril e estreitar os laços econômicos, em especial, com os países vizinhos.
O candidato Eduardo Campos foi direto no assunto. Ele classificou o atual sistema tributário de “arcaico” e garantiu que enviará, na primeira semana de governo – caso seja eleito -, a reforma tributária para votação no Congresso Nacional.
“Irei fiscalizar a votação pessoalmente. Serei o primeiro presidente que não vai aumentar a carga tributária do país. Precisamos ter esse compromisso, se não a reforma não vem”, declarou, diante de um público de 700 empresários do setor industrial.
A reforma tributária e o fortalecimento das empresas brasileiras no exterior são vistas pelos empresários como uma forma de garantir a competitividade da indústria nacional que hoje reclama da perda de mercado no cenário internacional.
Algumas empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), por exemplo, deixam de expandir em 50% o número de emprego em suas unidades e em 70% a produção atual de suas fábricas.
Para o senador Aécio Neves, candidato do PSDB, é necessário rever a atual política externa do país. Na avaliação dele, é preciso integrar as empresas brasileiras nas cadeias globais de produção.
“O Brasil é uma economia fechada ainda. Devemos estimular a internacionalização das empresas brasileiras com o fim da bitributação. O realinhamento da política externa brasileira deve seguir uma agenda comercial e não ideológica”, observou.
Resgate da indústria
Alvo principal dos adversários, a presidente Dilma Rousseff rebateu as críticas ao defender sua política econômica. Ressaltou que o país é a 7ª maior economia do mundo. Ela destacou que a principal marca de sua política econômica foi o resgate da indústria brasileira.
Dilma disse ainda que a atual política do governo federal para a indústria foi pautada em eixos como desoneração de tributos na folha de pagamento, créditos subsidiados, incentivos por meio de compras governamentais, educação focada na formação técnica e científica de pesquisadores assegurando que o trabalho seja de qualidade e possa agregar valor, recuperação do planejamento, retomada dos investimentos em infraestrutura e no fim da burocracia.
“Tomamos medidas para diminuir os impactos da crise de 2009 na indústria. Medidas não de curto prazo, mas de longo prazo”, enfatizou.
Zona Franca
Assuntos importantes para a economia do Amazonas, como a Zona Franca de Manaus (ZFM), melhorias na infraestrutura do Estado, investimentos na área de logística e na de transporte, a recuperação de estradas e portos também foram abordados.
Para os candidatos, é preciso investir na infraestrutura da região para facilitar o escoamento dos produtos fabricados nos Estados do Norte, incluindo os itens fabricados no PIM.
“Temos planos para a logística de todo o Brasil. Hoje, os investimentos em logística representam só 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).Vamos elevar essa participação para até 5%”, salientou Campos.
Ao responder uma pergunta formulada pelo EM TEMPO sobre o desenvolvimento do Amazonas e da Região Norte, ele defendeu investimentos não só no PIM, mas também em outras atividades de desenvolvimento econômico, como a piscicultura.
Já Aécio Neves pregou o fortalecimento de acordos com as grandes economias do mundo, como China, Estados Unidos e União Européia.
Por sua vez, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que o seu governo aprovou a prorrogação dos incentivos da ZFM por mais de 50 anos, além de ter adotado medidas que beneficiaram toda a indústria brasileira, incluindo a do Amazonas.
Fonte: Amazonas Em Tempo