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Redução de empregos

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28/02/2020

Fonte: Jornal A Crítica

Em um período de seis anos o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou queda de 27,32% no número de empregos. Os dados são do último Indicador de Desempenho do PIM, que abrange os anos 2014 a 2019. No ano de 2014, a média mensal de mão de obra do PIM era de 122.177 pessoas. Em 2019, a média foi de 88.797.

A questão da empregabilidade é um dos temas que a Zona Franca de Manaus (ZFM) enfrenta em meio à celebração dos seus 53 anos de existência. Além da reforma tributária que ameaça os incentivos da ZFM, o PIM se recupera aos poucos da última crise econômica que afetou o país. Segundo a coordenadora-geral de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC), Ana Maria Souza, da Suframa, é importante ressaltar que nos últimos anos quatro anos o PIM tem mantido estabilidade no número de empregos, sempre na casa dos 80 mil.

“Nos últimos 12 meses, a empregabilidade do PIM vem se mantendo entre 88 e 92 mil empregos, dentro das 450 maiores empresas do Polo”, acrescenta a coordenadora-geral.

Ana Maria explica que a questão do emprego direto é um demonstrativo da recuperação da indústria de transformação do PIM, que vem apresentando um crescimento de 3,27% nos últimos 12 meses. “Isso significa que a indústria está respondendo positivamente às políticas econômicas do Governo”, defende. Segundo a coordenadora, a recuperação do número de empregos não acompanha a recuperação da indústria, mas a manutenção de empregos em níveis estáveis causa efeitos positivos dentro da economia.

INDÚSTRIA 4.0

A coordenadora-geral admite que os novos modelos da indústria também são e serão responsáveis pela queda da empregabilidade no Polo Industrial de Manaus.
A empresas estão sempre em busca de maximizar sua produtividade.

“Esta não é uma questão só do Polo Industrial de Manaus, é uma consequência da convergência digital, que todo o mundo vive”, afirma. Assim como as câmeras foram substituídas por celulares, naturalmente haverá uma redução de mão-de-obra que será substituída por processos automatizados. O que Ana Maria aponta é que esta mão de obra deverá ser absorvida por outros setores, como o ramo de serviços e comércio, como já percebido no PIM.

“Na indústria haverá espaço para a mão de obra muito mais qualificada. No sentido de exigir dessa mão de obra qualidade e nível técnico maior”, aponta a coordenadora-geral Ana Maria Souza. O economista Wallace Meirelles Pinheiro acredita que a indústria 4.0 ainda está distante de causar impactos fortes na empregabilidade.

“A indústria amazonense precisa andar bastante. É preciso ter planejamento governamental para ter programas que ajudem o deslocamento de uma mão de obra para outra”, afirma.
Na percepção do economista, é claro que no futuro não haverá a necessidade da mesma quantidade de mão de obra no PIM, mas é preciso pensar em programas de inclusão destas pessoas, para que elas se desloquem dentro de uma empresa, em novas oportunidades, com habilidades técnicas.

No caso do PIM, podemos considerar algumas questões: o modelo atual das linhas de produção, quando permeados pela manufatura avançada (indústria 4.0), elevará as capacidades, a exemplo do segmento eletro eletrônico, na ordem de 28% a 35%, e de um outro lado o uso de robôs colaborativos podem não impactar no número de colaboradores.
Contudo, o cenário depende do segmento. A mão de obra na linha de produção pode reduzir em 60%”.

QUALIFICAÇÃO

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendada pelo Fieam e Cieam, aponta que 73% dos trabalhadores da ZFM tem o Ensino Médio completo, a nível Brasil a média é de 50%.

O PIM também tem o terceiro maior número de profissionais com Ensino Superior completo.
Ainda segundo a pesquisa, a ZFM emprega direta e indiretamente cerca de 500 mil pessoas.

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