31/10/2013
O peso da energia na injeção plástica varia de 10% a 15% do custo direto dos produtos, de acordo com o Simplast.
"A redução da tarifa de energia é favorável. Vai nos ajudar na manutenção da nossa estrutura para não demitir", disse Abreu, lembrando que o setor passa por crise ociosa há um ano devido à baixa produção das motocicletas. Os efeitos devem ser sentidos apenas no início do primeiro semestre de 2014, quando o setor espera recuperar a produção.
O diretor-executivo ressalta que o setor tem 9.370 pessoas entre contratadas e fixas, mas que o ideal são 12 mil trabalhadores. O segmento esperar recuperar o número e aguarda as alterações em cinco normas de Processo Produtivo Básico (PPB). As mudanças tentam aumentar a produção de componentes plásticos, ao invés da importação dos países asiáticos.
"A nossa mão de obra intensiva representa 80% do nosso negócio. Se recebermos contratos de pedidos, reflete imediatamente no crescimento contração de mão de obra", disse Paulo Abreu. Segundo os indicadores de Desempenho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Polo Termoplástico é o terceiro que mais emprega no PIM.
Incentivos
Parte da indústria já recebe incentivos no consumo de energia. Após a crise de 2009, o governo do Estado isentou os segmentos termoplástico, de papel e papelão e de Duas Rodas, da cobrança da alíquota de 25% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da conta de energia. A contrapartida da indústria é limitar as demissões em até 4% do pessoal, conforme os dados mensais informados ao Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), do Mininstério do Trabalho e Emprego (MTE).
Mesmo com a energia pesando principalmente no custo produtivo do segmento termoplástico, os demais setores também comemoram a redução. Na avaliação do presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, o custo mais baixo com energia influencia na competitividade dos produtos locais.
"É visto com bons olhos, pois temos uma carga tributária altíssima e a atividade industrial do país sofre muito com isso", disse Périco.
Eletroeletrônico
No segmento eletroeletrônico, o peso da energia no custo das empresas é baixo, mas a redução é considerada importante. "Não é isso que vai melhorar a vida da gente, mas é bom. Redução não tem momento bom, nem ruim. É sempre bom, sempre ajuda porque a energia elétrica é um insumo", afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees), Celso Piacentini
O repasse da redução do custo produtivo não é confirmado pelo representante da indústria. Segundo Piacentini, cada empresa enfrenta a crise econômica de uma forma diferente, dependendo também do porte.
Fonte: Portal D24am.com