30/12/2014
Mas, no mercado internacional a situação ainda não é boa. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), de janeiro a novembro deste ano as importações totalizaram US$ 991,1 milhões, volume que representou uma queda de 30,45% em relação a igual período do ano passado, quando as compras pelo Estado somaram de US$ 1,4 bilhão. Nas exportações, os negócios também caíram no período. Passaram de US$ 56,2 milhões para US$ 51,7 milhões.
No entanto, nos últimos meses a economia dos EUA deu sinais de recuperação. Avançou 5% no terceiro trimestre, em dados anualizados, e registrou seu maior crescimento em 11 anos catapultada por investimentos de empresas e consumo, mostram dados revisados do PIB, divulgados no último dia 24.
O número, amparado por uma leva recente de dados positivos, mostra que a retomada americana finalmente engrenou, seis anos após a maior economia do mundo mergulhar em sua pior crise em 70 anos. A última vez que os EUA cresceu com tamanho vigor havia sido no terceiro trimestre de 2003. O resultado foi anunciado pelo Departamento de Comércio, após revisar em 1,1 ponto a prévia divulgada em outubro, de avanço de 3,9%. No segundo trimestre, o PIB dos EUA havia crescido 4,6%.
O presidente do Conselho Regional de Ecodo Amazonas (Corecon/AM), Marcus Evangelista, acredita que a retomada da economia dos EUA poderá beneficiar o PIM, na medida em que o fim da resseção na maior economia do mundo poderá representar o fim definitivo da chamada crise financeira mundial. “Esperamos a recuperação de polos importantes como duas rodas e eletroeletrônicos. Que a gente consiga linhas de financiamento, principalmente para as motos. Com a população voltando a comprar e conseguindo financiar as motos a tendência é de que os estoques se normalizem e a produção comece a fluir normalmente”, avalia.
Para que isso aconteça, porém, Evangelista ressalta que medidas drásticas precisarão ser tomadas por parte do governo federal, a exemplo do que aconteceu na América do Norte. “Os Estados Unidos fizeram os ajustes necessários para superar a crise. Hoje em dia não vemos mais nenhum sinal de crise nos Estados Unidos, principalmente na área imobiliária, que alavancou a crise. É um exemplo de ajuste de economia para retomada do crescimento. Esperamos que o exemplo dos Estados Unidos seja tomado pelo Brasil, uma vez que a presidente promete que 2015 será um ano de ajustes”, disse.
Comércio está em queda
Além da facilitação na concessão de crédito e dos ajustes fiscais, outro efeito positivo da recuperação da economia dos Estados Unidos no Amazonas seria o aumento das exportações. De acordo com o presidente do Corecon/AM o fortalecimento do dólar em relação ao real poderá alavancar as exportações do Estado. “Esperamos uma melhoria nas exportações. Neste ponto a alta do dólar é boa porque o produto brasileiro fica barato”, explicou.
De acordo com os dados do Mdic, os Estados Unidos são o quarto principal parceiro comercial para as exportações amazonenses, ficando atrás da Argentina, Venezuela e Colômbia. De janeiro a novembro deste ano, 5,86% de tudo que o que foi vendido pelo Amazonas ao exterior teve como destino este País.
Fonte: JCAM