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Receita encolhe e indústria de máquinas amarga perdas de 3,7%

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28/07/2022

No primeiro semestre deste ano, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos acumulou queda de 3,7% na receita líquida de vendas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados ontem pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a receita líquida total do setor no semestre somou R$ 150,6 bilhões.

A receita interna somou R$ 121,2 bilhões, queda de 4,8% em relação ao mesmo período de 2021, enquanto o consumo aparente ficou em R$ 187,5 bilhões, o que representou uma queda de 7,3% na mesma comparação.

Por outro lado, as exportações cresceram 29,2% no semestre, totalizando cerca de US$ 5,6 bilhões. As importações também cresceram, com aumento de 10,7% ante o primeiro semestre do ano passado, somando US$ 11,6 bilhões.

Outro indicador que apresentou alta no período foi o de empregos. Puxado pelo aumento da produção e de vendas, principalmente aos que atendem ao mercado agrícola e de construção civil, o setor registrou aumento de 8,4% no semestre, com a indústria de máquinas e equipamentos passando a empregar um total de 395 mil pessoas.

Considerando-se apenas o mês de junho, o balanço divulgado ontem pela Abimaq revela redução nas receitas líquidas de vendas, que somaram R$ 26,8 bilhões. Houve queda tanto em relação ao mês de maio (-5,6%) quanto na relação anual (-1,8%).

As vendas ao mercado externo somaram US$ 1,03 bilhão em junho, o que representou um crescimento de 20,1% na comparação anual. No entanto, em relação a maio, houve queda de 4,9%.

Quanto às importações, após elas terem crescido quase 15% em maio, no mês de junho elas voltaram a recuar (-9,9%), atingindo US$ 1,8 bilhão. Em relação ao ano passado, houve estabilidade (0,9%).

Apesar do balanço negativo no fechamento do mês e do semestre, a associação manteve a perspectiva de crescimento para o ano. Segundo a Abimaq, o mercado doméstico deve apresentar alta de 5,8% em 2022. Para o mercado total, a expectativa é de fechar o ano com aumento de 3,8%.

Porém, as expectativas não são tão otimistas na indústria do setor. A atual política econômica, com elevação dos juros, uma estratégia para frear o consumo por conta da alta inflacionária, impacta negativamente.

Empresas já estão revendo suas metas de investimentos pondo um freio nas linhas de produção, reduzindo a oferta de produtos, E, estrategicamente, aguardam o desfecho das próximas eleições. Os planejamentos podem mudar de acordo com o próximo presidente da República, se reeleito Jair Bolsonaro (PL) ou eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT). O mercado está de olho na disputa presidencial.

Fonte: JCAM

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