19/12/2014
O porto de Mariel foi construído na ilha caribenha com financiamento de US$ 800 milhões do governo brasileiro, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caso o congresso norte-americano aprove o final dos embargos, o porto poderá ser utilizado como rota para as importações e exportações entre o Brasil e os EUA.
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a possível retomada das relações comerciais dos EUA com Cuba, o Amazonas poderá ser beneficiado com maior volume de importações e exportações.
“O porto está pronto e só precisava de ações como essa para começar a funcionar. Isso é positivo para todos os países que têm relações comerciais com os EUA, inclusive o Brasil. Creio que isso vai melhorar a situação de muitas pessoas e também vai colaborar nas exportações das indústrias do PIM”, disse Azevedo.
Para o presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio), José Roberto Tadros, o porto de Mariel será um grande colaborador para escoar e importar produtos dos EUA. Ele destacou que a localização do porto é estratégica, por ser o mais próximo dos Estados Unidos.
“O porto de Mariel é muito importante porque está mais próximo dos EUA, que é a maior economia do mundo. Será um grande facilitador. Eu entendo que foi muito oportuno o financiamento desse porto. Acredito também que isso intensificará as relações comerciais entre muitos países. Os produtos importados poderão chegar com preços menores que o praticado hoje”, avaliou Tadros.
Diferente do posicionamento de Azevedo, o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Amazonas (Sinaees-AM), Celso Piancentini, acredita que o novo porto não terá influência nas importações e exportações do Amazonas com os EUA.
“Não vai mudar nada, não faz nenhuma diferença. Eu não vejo como esse porto pode ajudar nas exportações do Amazonas. Mas eu não sou nenhum especialista em rota de navios e não acredito que isso será um facilitador para que as exportações do Amazonas aumentem ou diminuam”, afirmou Piancentini.
Fonte: Amazonas Em Tempo