25/09/2013
Segundo Tombini, os investimentos estão se expandindo, a taxa de desemprego está historicamente baixa e há geração de novos postos de trabalho. Ele citou também o crescimento do crédito, com redução da inadimplência e do comprometimento da renda das famílias. “A indústria apresenta retomada gradual. O setor de serviços continua a se expandir, mas em ritmo menos intenso de que em anos anteriores. O setor agrícola continua a apresentar safras recordes”, acrescentou.
O presidente do BC reforçou que a economia brasileira tem apresentado retomada gradual. Ele disse também que o BC atuará no combate a inflação como forma de ajudar a melhorar a confiança do setor produtivo e das famílias.
Segundo Tombini, a inflação ainda está “em patamares desconfortáveis”, mas já retomou trajetória de declínio. Segundo ele, a recente alta do dólar leva a aumento da pressão inflacionária no curto prazo. Por isso, o BC terá que conduzir a política monetária para evitar que haja transmissão da alta do dólar para a inflação.
Tombini enfatizou ainda que o objetivo do BC é fazer com que a inflação convirja para o centro da meta em 4,5%. “Não existe outro objetivo para o Banco Central”, disse.
Tombini ressaltou que o PIB (Produto Interno Bruto) teve uma expansão de 1,5% no segundo trimestre, o que equivale, em termos anualizados, a mais de 6% ao ano. Também informou que os investimentos tiveram um aumento de 3,6% no segundo trimestre, sendo o terceiro trimestre consecutivo de expansão.
Quanto a inflação, o presidente do Banco Central reiterou que a taxa está em queda. Ele reconheceu que a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos meses é uma fonte de pressão sobre a inflação no curto prazo, mas voltou a dizer que a "adequada" administração da política monetária será capaz de limitar a influência do câmbio sobre os preços. Tombini fez essas declarações no início de sua exposição na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
Foco no passado
A audiência era para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, "discutir as diretrizes, implementação e perspectiva futura da política monetária" com os senadores.
Numa das sessões mais rápidas da cúpula do BC no Congresso, no entanto, muito pouco se falou sobre o que Tombini e sua equipe esperam pela frente.
Durante os cerca de 60 minutos em que o presidente do BC permaneceu no plenário da comissão, sua fala foi mais focada no que já passou ao invés de se ater no que está por vir, repetindo o discurso feito na Câmara na semana anterior.
A cúpula do BC teve ampla simpatia dos senadores que também não insistiram com perguntas. A senadora Ana Amélia chegou a dizer que não ia questioná-lo "porque ele não vai responder. Ele vai dizer que está tudo bem", comentou.
Fonte: JCAM