31/10/2014
O presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco destacou que apesar de já ser esperado, o aumento veio com um percentual fora das expectativas, estando inclusive acima da inflação acumulada. De acordo com Périco, o impacto do reajuste vai ser sentido em toda a sociedade.
“O aumento do custo da atividade industrial é diferente de acordo com cada atividade. Ou seja, aquela atividade cujo processo de transformação está calcado puramente na energia elétrica, como o segmento plástico por exemplo, sofrerá impactos grandes e, consequentemente, o preço da peça plástica vai aumentar e esse aumento será repassado para o preço final do produto”, explicou. Mesmo com o aumento nos custos de produção, Wilson Périco não acredita que o reajuste terá impactos na geração de empregos.
O presidente do SINAEES (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Celso Piacentini confirma que setor plástico será o mais afetado com o reajuste e, como consequência disto, os produtos de praticamente toda a cadeia eletrônica também sofrerá com aumento de preços.
“Os que vão sofrer são os produtos que usam mais plástico, por isso podemos esperar aumento para ou televisores, por exemplo. Na verdade hoje quase todos os produtos eletrônicos usam plástico”, completou Piacentini.
Presente de Grego
O deputado estadual Luiz Castro (PPS) em pronunciamento da tribuna da Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas), na manhã desta quinta-feira (30), classificou o anúncio da elevação da tarifa de energia elétrica como um “presente de grego”, logo após as eleições, o aumento das contas de energia de 15,88% nas residências e mais de 20% nos estabelecimentos industriais.
“Temos notícias de que o sistema de energia interligado brasileiro passa por séria dificuldade financeira, com a Amazonas Energia, que está com o pagamento de fornecedores atrasados, a Amazongás não consegue receber as contas devidas pela Amazonas Energia que não consegue pagar a Petrobras, culminando num ciclo vicioso que estamos vivendo no sistema energético, em especial na Amazonas Energia”, assinalou.
A Eletrobras Amazonas Energia leva energia a cerca de 700 mil unidades de consumo no Estado do Amazonas.
Fonte: JCAM