21/10/2015
O movimento Mais Amazonas, Menos Impostos" - iniciativa supra institucional, formado por lojistas - se manifestará às 9h no parlamento estadual. "Não estamos pensando apenas no lucro, mas nas consequências que essa decisão provoca. Com o aumento da alíquota, o consumidor pagará mais caro pelo produto, e o volume de venda cairá. Isso significa que o empresário para não fechar seu investimento, precisará reduzir custos, e uma das medidas é a demissão", destacou um dos integrantes do movimento, Carlos Renner Cardoso.
Representantes do movimento e parlamentares afirmam que o agravante vai além das manobras que o governo está fazendo para aumentar a arrecadação do Estado. "Não saber para onde está sendo redimensionado o dinheiro é um desses problemas.
A redução estamos assistindo e vivendo as consequências, mas o redimensionamento desses cursos é que a população gostaria de saber", afirma o lojista Carlos Monteiro Chagas.
O aumento aprovado pelos deputados no ICMS, significará para o consumidor 6%a mais no valor final do produto. Lojistas da capital afirmam que a decisão concretizada pelos parlamentares, não incluiu consulta à classe e que a decisão desencadeará em cadeia, uma consequência negativa para todo o estado, incluindo o aumento na redução de postos de trabalhos formais, que fechou o primeiro semestre com déficit de 3.859 empregos.
Apenas quatro deputados votaram contra a proposta, Augusto Ferraz (DEM), José Ricardo (PT), Luiz Castro (Rede) e Alessandra Campêlo (PCdoB). "Aumentam o ICMS ao invés de investir contra a sonegação. Aí o governo faz uma campanha para o empresário recolher nota, e o recolhimento do imposto ser intensificado, mas na hora que você aumenta alíquota, aumenta a incidência para sonegação"", destaca o deputado José Ricardo.
Outro lado
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Afonso Lopes "as receitas e despesas do Governo do Amazonas são lançadas no Portal da Transparência e todas as mudanças administrativas e na área fiscal têm sido feitas dentro da legalidade e com a aprovação do Legislativo", enfatizou. O secretário destacou que a alíquota pode voltar ao patamar anterior. No entanto, "é iminente que o aumento nos impostos deve resultar em uma retração ainda maior da economia do Estado", destacou Antonio Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
Assayag, da CDL, defende o aumento
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Ralph Assayag, disse que a manifestação "é um direito de todos os lojistas ou de quem achar que deve ser reajustado o aumento do ICMS. Cada um tem um posicionamento e o direito de defendê-lo. Nós gostaríamos que não tivesse, mas a CDL não tem poderes para decidir a respeito", destacou.
De acordo com Assayag, se o governo não aumentar a arrecadação do Estado, a situação também será bastante crítíca. "Os cortes virão no orçamento voltado para a educação, segurança, saúde, e consequentemente, no comércio. Então, o que nos resta é confiar na decisão do governo que tem uma responsabilidade de administrar 25 mil empresas perdidas no Distrito e fabricas saindo e cobrar explicações em cada ação do governo".
Fonte: Jornal A Crítica