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Queda nas vendas da indústria e comércio afeta contratações em Manaus

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25/09/2014

No período tradicional de pico de produção, a indústria enfrenta a redução dos pedidos do comércio e segue sem estimativa de aumento de contratações. Em relação ao ano passado, o varejo também espera vender menos neste Natal.  A alta inadimplência é o principal motivo para cautela de consumidores e comerciantes.

De acordo com o vice-presidente da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), Aderson Frota, o alto índice de inadimplência tem dificultado o crédito, que é fundamental para o aquecimento das compras no comércio. Aliado a isso, houve aumento seguido da taxa básica de juros Selic que, consequentemente, aumenta os encargos para o consumidor e o custo do capital de giro para as empresas. A Selic está em 11% ao ano.

“Com o aumento da taxa Selic, quem já tava devendo passou a dever um pouco mais”, explica Frota. A previsão do início de 2014 para as vendas de Natal era de 12% a 15% de crescimento, segundo a Fecomércio-AM. Os fatores econômicos fizeram com que essa estimativa fosse refeita para 3% a 5%.

Dados do Banco Central elaborados pela consultoria econômica Gradual, apontam que as dívidas consumem 45,7% da renda acumulada em 12 meses, até março deste ano, num processo crescente desde 2009.

“Estão todos cautelosos. Mês a mês, a economia está mais frágil. Isso nos impõe cautela na hora de abastecer as nossas lojas para o consumidor”, afirma Frota. As encomendas de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e de produtos de menor valor agregado, como roupas, estão menores. O comércio não fala em desemprego, mas não descarta que as contratações sejam reduzidas no restante do ano.

“O movimento não está normal, a coisa está retraída e isso também não é surpresa”, afirma o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. O dirigente afirma, ainda, que o momento não permite precisar se haverá muita contratação na indústria. “Sou otimista e acredito que haverá sim um aumento na geração de empregos. Não creio que seja muita gente, mas vamos aguardar”, disse Périco.

No segmento eletroeletrônico, o movimento menor é principalmente na venda de televisores, que se concentrou no primeiro semestre do ano por conta da Copa do Mundo.

No Polo de Duas Rodas, o aperto do crédito e as elevadas vendas realizados há poucos anos afetaram o setor, com os principais fabricantes reduzindo a atividade produtiva deste polo que hoje emprega 17,9 mil pessoas, segundo os indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

“Estamos assistindo a dificuldade do segmento de Duas Rodas que já dura dois anos e não tem uma novidade, algo que nos leve a imaginar que haverá uma retomada no curto e médio espaço de tempo”, analisa Périco.

As vendas de motocicletas no País recuaram 9,6% no acumulado do ano até agosto, em relação à igual período de 2013. De acordo com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), este ano foram comercializadas 950,7 mil unidades no período, contra 1,05 milhões, em 2013. Já a produção das fábricas do PIM recuou  7%.

A combinação deste segmento com outros que fazem parte da cadeia produtiva aumenta a preocupação com o Polo Industrial de uma forma geral. Périco salientou que é preciso desenvolver novas matrizes não produzidas em Manaus para atrair novos investimentos.

Fonte: Portal D24am.com

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