18/06/2014
Conforme Braga explicou aos empresários e representantes de classe presentes no almoço, a cadeia produtiva existente hoje aqui no Estado não será capaz de dar suporte a estimativas de crescimento que giram em torno de 150% no período.
“Lamentavelmente só a prorrogação não garante a continuidade do desenvolvimento econômico do Estado. A Zona Franca é um pilar importante, essencial, mas ela sozinha não resolverá. É tão impactante o que nós estamos fazendo com a Zona Franca que se você for fazer um plano de negócios para os próximos 50 anos, colocando 3% ao ano de crescimento, você chegará à conclusão de que você estará crescendo a sua produção em 150%”, explicou.
Braga defende que, para que o empresariado possa fazer um plano de investimentos tão robusto como esse, é preciso que novas fronteiras se abram como o incremento das exportações, garantias de crescimento do mercado doméstico, melhorias na infraestrutura logística, entre outros temas.
“As empresas vão projetar, dentro de seus planos de negócios, um crescimento anual. Se essa taxa de crescimento for muito pequena, não interessa para nós. Se for muito grande, terá que ser exportada, porque não vamos conseguir absorver isso no mercado doméstico. Mercado doméstico não financia a permanência de qualquer empresa por 50 anos aqui. Nós temos que ter, a partir de agora, uma plataforma diferente para o nosso Estado”, opinou.
Além disto, o senador acredita que o Amazonas precisa preparar um projeto alternativo à Zona Franca. Para ele, a exploração de recursos minerais é o caminho que poderá salvar o Estado da forte dependência econômica que o Estado tem hoje com a ZFM.
“Existe a Zona Franca Verde, que eu sempre defendi, mas acho que nós precisamos entrar agora com a questão da mineração, do polo petroquímico. Precisamos entrar em uma indústria de transformação de recursos naturais, renováveis ou não, para que nós possamos ter como meta, chegar em 2025 com um PIB de R$ 200 bilhões”, enfatizou Braga.
Tramitação
Ainda durante a reunião, Eduardo Braga informou que a emenda já chegou à Comissão de Constituição e Justiça e que ele está elaborando o relatório. A próxima reunião da CCJ será na primeira semana de julho. “Nós esperamos tão logo aprovar na CCJ que a gente possa levar ao Plenário e aprovar o mais rápido possível”, disse.
Questionado se as eleições de outubro poderiam dificultar a aprovação da matéria, Braga foi otimista. Ele destacou as articulações que vem sendo feitas junto aos seus colegas de bancada com o objetivo de aprovar a prorrogação antes do recesso de meio do ano, mas disse que o calendário especial da Copa está emperrando as negociações. “É possível (aprovar) antes da eleição sim. Eu estou tentando, junto com o (Senador) Alfredo (Nascimento) e com a (Senadora) Vanessa (Grazziotin) se a gente consegue aprovar antes do recesso do meio do ano. Estamos fazendo um esforço grande, mas depende do quorum. No senado há bastante boa vontade para aprovar, mas depende do quo- rum e com a Copa do Mundo agora, fica difícil...”, lamentou.
Com o encerramento da Copa, em 13 de julho, o Congresso terá apenas quatro dias antes do começo do recesso no dia 18.
Fonte: JCAM