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Projeto impulsiona melhoria da indústria e avanço tecnológico

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23/07/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Em um período da sociedade onde as novidades tecnológicas aparecem a todo momento, e a necessidade das companhias de maximizarem sua capacidade produtiva de forma efetiva é fundamental, projeto criado pela Ufam (Universidade Federal do Amazonas) surge como importante ferramenta para medir nível de maturidade e prontidão das organizações do PIM (Polo Industrial de Manaus), frente a realidade da Indústria 4.0.

O modelo de medição de maturidade e prontidão da indústria é um estudo coordenado pelo professor e doutor em engenharia da produção da UFAM, Sandro Breval Santiago. O trabalho é resultado de pós-doutorado realizado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Hoje o projeto está sendo aperfeiçoado em parceria com alunos do Pibic (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e orientandos de mestrado em engenharia da produção.

“Mapeamos as diversas variáveis da empresa , e usamos um robusto modelo matemático. A partir desse ponto desenvolvemos um sistema que dá suporte no processo de medição”, explicou o professor.

Sandro ressaltou, que o projeto visa impulsionar a melhoria contínua das organizações industriais e está estrategicamente vinculada ao processo delas. Mas, para isso acontecer de forma eficaz, o sistema exige um entendimento completo da posição atual de uma organização, e onde ela pretende estar no futuro. “O compromisso com a mudança é essencial e requer o apoio e envolvimento da alta administração”, disse.

De acordo com o professor, o termo “nível de maturidade” refere-se à medida de efetividade ou à capacidade em qualquer processo específico das empresa, sendo descrito em termos de níveis de desempenho total ou capacidade máxima naquele processo.“Assim, o nível de maturidade relaciona-se ao nível de capacidade organizacional obtido a partir da transformação e evolução de um ou mais domínios de processos em certa organização”, explicou.

O modelo já foi aplicado em algumas plantas industriais e teve resultados bastante positivos vindo do corpo técnico e gerência daquelas empresas. A ideia do projeto veio da percepção do professor, que as empresas precisavam mapear sua principais dimensões (manufatura, operações, negócio, logística e tecnologia) para se posicionarem nesta nova revolução industrial.

“De um lado existem vários modelos desenvolvidos no exterior (profissionais e acadêmicos) e de outro a nossa realidade que nos instiga quanto às inúmeras dificuldades com a logística, níveis de estoque mais elevados e baixa formação técnica. Daí, elaboramos uma profunda revisão da literatura e analisamos diversos modelos existentes, dos quais desenvolvemos o nosso modelo. A grande diferença é a medição da interoperabilidade que aliás é um dos princípios da Indústria 4.0”, explicou.

O doutor explica, que outro método de avaliação usado pelos estudos da indústria 4.0 são os níveis de prontidão. O conceito teve origem a partir de diversos estudos realizados pelo Departamento de Defesa americano, do Reino Unido, Canadá e Austrália. E em seguida, o modelo também foi adotado pela NASA (National Aeronautics and Space Administration) - ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço em português - em seus projetos.

“A escala de prontidão tecnológica TRL (Technology Readiness Level) foi desenvolvida com o intuito de prover uma medida relativa ao estado de uma nova tecnologia em relação ao seu uso para futuros sistemas espaciais”, conta.

Diante da sua importância e sua eficácia de avaliação, os modelos de maturidade e os níveis de prontidão foram espalhados em aplicação em várias áreas das organizações como gestão de pessoas, produção, finanças e agora relacionado a nível de implementação da indústria 4.0.

“Compreender o nível de prontidão é necessário para uma avaliação prévia de riscos, antes de comprometer todo o esforço organizacional, inclusive o orçamento, para a execução de um projeto”, afirmou.

Apoio

O projeto está em fase de aperfeiçoamento, e conta com o apoio da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), que têm ajudado a buscar empresas que investem recursos em P&D (Pesquisa e desenvolvimento) no PIM para medir o grau de maturidade e prontidão delas frente a realidade do modelo 4.0.

De acordo com o diretor adjunto do CTI (Centro de Tecnologia e Inovação) da Fieam, Roberto Garcia, o modelo de medição do nível de maturidade das indústrias do PIM em Manufatura 4.0 é bastante inovador, por usar ferramenta de análise muito mais completa e profunda.

"Além disso, o fato de estar sendo desenvolvido em parceria com a coordenadoria de ciência, tecnologia e Informação da FIEAM e CIEAM, aproxima ainda mais a academia das reais necessidades das Indústrias. Isto vai permitir principalmente nos 'gaps' de capacitação para focar na oferta de treinamentos em requisitos realmente necessários para a acelerar este processo da jornada para a Manufatura Avançada", disse.

Garcia ressaltou, que já está sendo desenvolvido um piloto deste levantamento junto às empresas de informática do PIM com patrocínio desta coordenadoria da Fieam, para a partir deste primeiro resultado, expandir esta avaliação para o restante das empresas da região.

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