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Projeto Îakaê Caminhos une universidade e indústria na busca por inovação

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03/06/2019

Reportagem publicada pelo Jornal do Commercio

O Projeto Îakaê (“caminhos” na língua Tupi), parceria entre o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Equipe Ocean teve a sua primeira etapa de atividades concluída. O projeto tem como objetivo aproximar as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) ao ecossistema de empreendedorismo e inovação local, com foco nas atividades da indústria 4.0.

De 27 a 30 de maio, foi realizado o evento de lançamento com palestras sobre cases de sucesso de empresas do ramo de robótica e automação, como a Autaza Tecnologia Ltda e Pollux, que atendem multinacionais com soluções para manufaturas e criação de tecnologias no sul do Brasil. Também foi realizado um Workshop sobre startups com aplicação de metodologias como a Startup Mundi e Levantamento de Problemas comuns entre as empresas para 14 empresas e 30 participantes entre universitários e funcionários de empresas do Polo Industrial de Manaus. A próxima etapa será realizada no mês de julho com mais Workshops e o evento “Hackathon: aplicação Indústria 4.0”, um dia de desafios para tratar de soluções para os problemas levantados na primeira fase do projeto.

O projeto Îakaê conta com um cronograma de atividades até dezembro deste ano e será concluído com a participação no evento nacional de startups, revela o coordenador Comissão de Desenvolvimento e Automação Industrial (CDAI) do Cieam, Paulo Xavier.

“O Workshop da Indústria 4.0 Startups faz parte da capacitação das pessoas que trabalham nas empresas do Polo Industrial para pensar em soluções em um modelo de startups, e no final do ano a gente vai levar o ecossistema de Manaus para o nível nacional. Estamos visitando vários parques tecnológicos no Brasil, pois queremos unir e incluir o ecossistema de Manaus no cenário nacional”, destaca.

O vice-reitor da UEA, Cleto Leal, destaca a importância da atuação dos participantes do projeto como multiplicadores dentro de suas empresas e a parceria entre academia e indústria para ações efetivas para busca de soluções.

“Quando nós organizamos o Workshop pensamos exatamente sobre isso, compartilhar os problemas das indústrias de uma maneira transparente onde cada um pudesse trazer os seus problemas e fazer que essas pessoas possam transmitir também o que aprenderam aqui para os colegas dentro das empresas, fazendo uma corrente do bem, com mais pessoas pensando de uma mesma forma e transformando as soluções no Hackathon para que sejam implementadas melhorias no processo”, conclui Leal.

Metodologias

“O Startup Mundi foi criado em Santa Catarina e simula todas as fases de criação de uma startup em todas as suas fases, desde o processo de ideação até a final com o processo “Exit”, explica o gestor de startups do Sebraelab e facilitador da atividade durante o Workshop, Denys Cruz.

Ainda sobre o game Cruz explica que o objetivo do Startup Mundi durante o Workshop da Indústria 4.0 foi o de alinhar as informações sobre startups entre os participantes do evento. “Quando a gente fala em indústria 4.0, às vezes os conceitos não estão muito alinhados com as equipes, então com o jogo, eles conseguem se ambientar nesse mercado que está em ampla expansão a nível de inovação e criação de apps, eles precisam estar com os conceitos nivelados”, explica.

Renê Gouveia é colaborador da indústria desde o ano 2000 e participa pela primeira vez de uma atividade voltada para startups, “é uma grande revolução misturar startups com indústria, para mim está sendo uma novidade. Hoje no meu ambiente de trabalho vejo que utilizamos bastantes conceitos das startups como o benchmarketing e o networking, ontem vimos que temos alguns problemas em comum e podemos solucionar”, relata.

Coordenadora do projeto e professora da UEA, Michella Lasmar, destaca alguns pontos da atividade de levantamento dos problemas comuns entre as empresas e a consciência que os colaboradores têm sobre o modelo Zona Franca. “Há um consenso sobre que o modelo Zona Franca não será sustentável por muito tempo e a gente precisa criar alternativas para que haja um novo modelo industrial aqui, então, ficou muito claro nas atividades ao longo da semana que os colaboradores têm percepção desse momento de transição. Outro ponto que foi levantado foi o da automação, “nossa, vai automatizar tudo e as pessoas serão demitidas?”, então a maioria do grupo tem grande percepção de que o uso da automatização não vai apenas reduzir empregos, mas substituir o trabalho repetitivo, mas que novos empregos surgirão a partir dessa demanda, e há uma tendência de aumento de produção e consequentemente o crescimento da empresa e mais contratações no futuro”, avalia.

Pioneirismo

Silvio Marques, coordenador do Ocean, avalia a iniciativa como pioneira pela quantidade de pessoas das áreas operacionais do PIM participando do projeto. “Particularmente foi a primeira vez que a gente teve tanta gente do Polo Industrial da área operacional aqui dentro do Ocean, conseguimos quebrar uma barreira e trazer realmente pessoas das áreas operacionais das indústrias do Polo Industrial para o Ocean que é um centro de capacitação voltada para tecnologia e inovação e o resultado disso vai ser a nossa Hackathon, em agosto, para justamente os problemas que foram levantados essa semana e no workshop de julho a gente coloque essas pessoas em contato os empreendedores do Jaraqui Valley. Esses três dias aqui no Ocean a gente conseguiu ter um público bem selecionado, muito engajado e voltado para discutir problemas operacionais e estratégicos das empresas daqui do polo, ainda mais com esse movimento agora nesse momento em que se tem muitas discussões sobre as vantagens sobre a Zona Franca de Manaus. Queremos unir a indústria, startups, academia, todo mundo junto nessa empreitada de criar alternativas ao Polo Industrial e também ter mais eficiência e eficácia nos processos industriais”, diz o coordenador.

Fotos: https://photos.app.goo.gl/PZd2AsLT4sYr2i5y5

*Por Assessoria CIEAM

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