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20/04/2021
Fonte: Amazonas Em Tempo
Com intuito de incentivar a retomada econômica no Amazonas e facilitar a abertura de novas empresas no estado, o secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, do Ministério da Economia [ME], Jorge Luiz de Lima, se reuniu com representantes da indústria, do comércio e de outros segmentos na tarde de segunda-feira [19], no salão de eventos do Serviço Social da Indústria [Sesi], em Manaus, para apresentar o Projeto de Redução do Custo Brasil.
A intenção da iniciativa, criada pelo Governo Federal, por meio do ME, é favorecer empresários ao diminuir as dificuldades que esses empreendedores encontram ao tentar abrir seus negócios e mantê-los, ou seja, as problemáticas na produção - como cargas tributárias, burocratização e lentidão para registrar novas empresas, além da falta de estímulo de crédito e dos problemas estruturais.
Mesmo com as adversidades em empreender durante a crise financeira ocasionada pela pandemia, o número de novos empreendimentos em março deste ano no Amazonas superou o dos últimos cinco anos. De acordo com o levantamento da Junta Comercial do Estado do Amazonas [Jucea], 854 negócios foram registrados no estado, representando um crescimento de 54,7% em relação ao mesmo período em 2020.
Ainda assim, o Brasil perde cerca de R$ 1,5 trilhão por ano com o custo Brasil, representando 22% do Produto Interno Bruto [PIB], Essa expressão corresponde a uma série de dificuldades burocráticas, estruturais e econômicas para uma empresa produzir no país, deixando todo o processo mais caro e dificultoso.
Nesse contexto, além dos percalços em nível nacional, o Amazonas ainda se encontra em uma posição desafiadora quando o assunto é logística. No debate, o secretário Jorge Luiz de Lima não deixou de fora essa peculiaridade da região e frisou ser necessário que o projeto federal estude e reconheça as características produtivas de cada estado brasileiro para que as soluções respeitem as singularidades e sejam bem-sucedidas.
"Em termos de movimento econômico e geração de emprego, quem move o país é o micro, pequeno e médio empresário. Sabemos disso, porque a indústria tem um limite. [...] O principal problema que precisamos resolver aqui no Norte do país é o logístico. Um dos resultados é o fato da energia elétrica mais cara do Brasil estar nessa região. Com essa resolução, mais a privatização da Eletrobras, teremos uma redução em torno de 35% ao longo de cinco anos", salientou Lima.
Na prática
De acordo com o secretário, o alinhamento do Governo Federal com o estadual e o municipal será imprescindível para alcançar êxito no propósito de reduzir custos. Pensando nisso, Lima ressaltou a necessidade de dar prioridade ao setor produtivo e desvincular, até onde for possível, a política partidária do processo. "Precisamos equilibrar o comércio, os serviços e a indústria para crescer [...] É um processo que vai durar por governos, então é necessário pensar nessa política econômica a longo prazo, independente de demais aspectos políticos", destacou.
Ao saber mais sobre os desafios enfrentados para alavancar a economia no Amazonas, o objetivo do ME é reduzir as dificuldades para tornar o segmento mais competitivo e gerar cada vez mais empregos. Para alcançar o ideal, o secretário citou a criação de startups, o apoio ao empreendedorismo, a reforma tributária e administrativa e o estímulo ao turismo, como algumas das medidas que serão tomadas.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas [Fieam], Antônio Silva, solicitou que Lima recomendasse o modelo do Polo Industrial de Manaus [PIM] para a equipe do ME, em Brasília, e destacou a relevância do Processo Produtivo Básico [PPB],
"O nosso grande desafio é aumentar essa competitividade, atuando com mais eficiência e flexibilidade nas linhas de produção, obtendo, consequentemente, a almejada redução de custos. O PPB deve ser considerado como um mecanismo indutor do desenvolvimento econômico, adensando a cadeia produtiva e funcionando, como contrapartida, a concessão dos incentivos fiscais e não como obstáculos aos nossos empreendimentos", pontuou Silva.