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Projeto Azulão deve finalmente trazer vantagens ao AM

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24/09/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Declarado como comercial desde 2004, o Campo do Azulão, no Amazonas, vai enfim começar a produzir. A expectativa fica em torno do projeto de exploração do gás natural que vai liquefazer e transportar em formato GNL via caminhões para Boa Vista. O projeto vai trazer benefícios para os municípios de Silves e Itapiranga com os investimentos que devem gerar emprego e renda para os respectivos municípios. A informação é da coordenadora responsável de Relações com Investidores da Eneva, Elisa Soares.

“Esse projeto vai trazer benefícios porque é desenvolvido no interior do Amazonas e quem ganha é a população desses municípios. Vai movimentar o crescimento econômico local impactando diretamente na geração de emprego e renda. A gente sempre atua em linha de desenvolvimento local e, dessa vez, no Amazonas, isso não vai ser diferente”.

A empresa comemora a licença ambiental que obteve na terça-feira (17), junto ao IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) para instalação do terminal de liquefação, esta era a última licença que faltava, para todo o projeto integrado Azulão-Jaguatirica ficar pronto e apto para a construção. Agora inicia-se toda obra de obra civil do projeto.

“Ele é um projeto inovador e importante para a região Norte porque ela vai colocar em produção o primeiro gás da Bacia do Amazonas, que não tem nenhum campo produtor. Então a gente vai desenvolver esse campo de forma pioneira”, detalha Elisa Soares.

Em Boa Vista, o gás passará pelo terminal de regaseificação, e será entregue para a usina termelétrica Jaguatirica II, de 117 MW de capacidade instalada, para atendimento ao sistema isolado de Roraima.

O presidente da Eneva, Pedro Zinner, endossa que os investimentos previstos pela empresa no campo de Azulão contribuirão para o desenvolvimento econômico do interior do Amazonas, levando emprego, renda e oportunidades para municípios distantes de grandes centros urbanos. A companhia irá priorizar a mão-de-obra local e prevê a capacitação dos funcionários a partir de seu projeto do Maranhão, que tem as mesmas características do projeto previsto para o Amazonas.

“É importante qualificar nossa força de trabalho local. Temos uma operação em pleno funcionamento no Complexo da Parnaíba, interior do Maranhão, que pode ser usada para formar novos colaboradores. Tenho certeza que vamos construir uma parceria frutífera aqui no Amazonas, assim como fizemos no Maranhão”, concluiu Zinner.

Expectativa local

A prefeita do município de Itapiranga, Denise Lima, diz que a expectativa em torno do projeto são as melhores, além do giro econômico, que irá proporcionar o crescimento tanto do setor público, como o privado, traz oportunidades e maiores condições de investimentos em todos os setores.

“O projeto é importantíssimo para o desenvolvimento econômico, social e de geração de emprego e renda para o município. “Um empreendimento que trás esperança de dias melhores para a nossa população e de aumento de Receita para que possamos trabalhar e fazer maiores investimentos nas Políticas Públicas que desenvolvemos, abrindo um leque de novos projetos a serem executados, beneficiando diretamente na vida do Itapiranguense”

Ela considera que a importância do licenciamento é transformar um projeto existente há 20 anos em realidade e desenvolver municípios como Itapiranga e Silves que hoje detém os menores repasses de recursos no Estado.

Projeto Integrado

Com capacidade de 117 MW, a usina de Jaguatirica II reduzirá em 38% o custo de produção de energia em Roraima. O gás do campo Azulão será liquefeito e transportado por carretas para Boa Vista, por meio da BT-174. Na cidade, também será construído um terminal de regaseificação. A previsão é que operação comece a funcionar em 2021. Descoberto pela Petrobrás há 20 anos, o Azulão foi declarado comercial em 2004, mas nunca produziu desde então. Comprado pela Eneva há um ano, o campo será o primeiro projeto de produção de gás natural na Bacia do Amazonas. A empresa foi a principal vencedora do leilão realizado em maio para suprimento de energia em Boa Vista e localidades conectadas, equivalente a 44% da potência contratada. Como resultado da instalação da usina na capital de Roraima, a expectativa da companhia é auxiliar a região a dar um salto de desenvolvimento, com geração de empregos e qualificação de mão-de-obra.

Por dentro

O estado é o único do Brasil que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), e por isso é abastecido por usinas termelétricas a diesel, mais caras e poluentes. Com o projeto da Eneva, que foi 44% da potência contratada no Leilão, haverá uma redução de 32% nas emissões de CO2 em Roraima, e uma queda de 38% no custo de geração do estado. O investimento total para a implantação de Azulão-Jaguatirica está previsto em R$ 1,8 bilhão, e a entrega de energia começa em 28 de junho de 2021.

Saiba mais

Descoberto há 20 anos, o Campo de Azulão, comprado pela Eneva em abril de 2018, vai entrar em produção em 2021 e será o primeiro campo a produzir da Bacia do Amazonas. Jaguatirica II será a primeira usina movida a gás natural de Roraima, e vai contribuir para o aumento da segurança energética do estado, de forma limpa e competitiva.

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