28/02/2020

Fonte: Jornal A Crítica

Segundo a pesquisa do IBGE, a fabricação de máquinas e equipamento teve 13,8% de queda ao longo de 2019. “Desde 2016 a gente já começa a verificar que as máquina e equipamentos apresentavam algum tipo de queda. É natural que os equipamentos, máquinas e eletrônicos tenham sofrido a influência dessa crise”, analisa o economista Wallace Meirelles Pinheiro.

“A indústria tem que investir em outros produtos, não adianta continuar investindo em coisas que serão substituídas. O consumo muda, a inovação muda”, pontua o economista.

Por exemplo, o setor de impressão e reprodução de gravações vinha de uma queda de 40% e teve uma recuperação excelente nos últimos meses de 2019, mas acabou o ano com queda de 5,4%, observa o econo mista Roderick Castello Branco.

Afrânio Soares, da Action Pesquisas de Mercado, conta que, de modo geral, os setores estão sendo substituídos por novas tecnologia digitais. “O consumo continua existindo para DVDs e discos, as pessoas continuam sendo fãs dos seus artistas favoritos, mas a forma de consumir está mudando”, diz.

Para Afrânio, a tendência é que este setor caia bem mais que os 5,4% apresentados pelo IBGE. “É uma tendência moldada pelas novas tecnologias digitais”, afirma.

Por sua vez, Roderick acredita que o resultado poderia ser melhor analisado se a pesquisa do IBGE identificasse por produtos e segmentos, não só pelo setor, uma vez que o mau desempenho de um setor pode ter sido causado por um único produto.