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Produtividade ficou estagnada em 2018, aponta pesquisa

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12/03/2019

Notícia publicada pelo Jornal Diário do Amazonas

Em meio a um cenário de recuperação ainda lenta da atividade e de aumento no número de pessoas trabalhando na informalidade, a produtividade da economia brasileira ficou estagnada em 2018, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) obtido com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Conforme reportagem divulgada, na edição de segunda-feira (11), do jornal O Estado de S. Paulo, a produtividade da economia por hora trabalhada não se alterou no ano passado, interrompendo o início de recuperação ensaiado no ano anterior, após o fim da recessão. Em 2017, houve alta de 1%, após três anos consecutivos de perdas. “Em 2017, a recuperação da produtividade começa a perder fôlego e de fato piora em 2018”, apontou Fernando Veloso, pesquisador do Ibre. “O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017 e 2018 foi igual, de 1,1%. A produtividade, não. Na verdade, em termos de produtividade, não foi só estagnar, piorou, foi mais forte ainda”, completou o autor do estudo.

A precarização do emprego, com o fechamento de vagas com carteira assinada e o avanço no número de pessoas na informalidade, pode ajudar a explicar a interrupção da trajetória de melhora na produtividade. Veloso lembra que o setor formal tem, em média, quatro vezes mais produtividade do que o informal. “O setor formal utiliza tecnologias mais avançadas, emprega trabalhadores de nível educacional mais elevado e tem mais acesso a crédito. As empresas que são mais produtivas estão no setor formal”, acrescentou Veloso.

Hoje, o patamar de produtividade da economia brasileira por hora trabalhada está no nível de 2012 e 2,7% abaixo do pico alcançado no primeiro trimestre de 2014. Se considerada a produtividade da economia por trabalhador ocupado, a situação é mais crítica: 5% aquém do pico também alcançado no primeiro trimestre de 2014. “O trabalho informal não é produtivo e tem efeitos colaterais sob vários aspectos. Por exemplo, um jovem que sai da faculdade e não consegue emprego na sua área de conhecimento vai vender roupa, trabalhar no comércio. Ele vai ter dificuldade de voltar para a sua área depois”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Azeredo aponta que o Brasil tem até 40 milhões de trabalhadores atuando na informalidade, nível recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

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