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Produção nacional deve crescer até 2% em 2014, mas déficit se mantem

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06/01/2014

A produção física de transformados plásticos no país deve crescer entre 1,5% e 2% neste ano, enquanto o consumo aparente nacional poderá avançar entre 6% e 7% no mesmo período, de acordo com previsão da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Se essas projeções se confirmarem, as importações, mais uma vez, terão abocanhado uma parcela expressiva da demanda doméstica adicional, alerta o presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho.

"A cada três anos, dobra o déficit da balança do setor. Os importados continuam atendendo ao crescimento da demanda", ressalta Roriz. Em 2013, conforme estimativa da Abiplast, a produção física de transformados plásticos cresceu 1,6%, para 6,76 milhões de toneladas, segundo dados preliminares. Ao mesmo tempo, o consumo aparente avançou 9,1%, para R$ 66,3 bilhões.

Os números da balança comercial de plásticos no ano passado comprovam esse cenário, segundo estimativa da associação. De janeiro a dezembro, as exportações de transformados alcançaram US$ 1,44 bilhão, com expansão de 7% na comparação anual. Em volume, o crescimento foi de 7,1%, para 255 mil toneladas. Do lado das importações, a alta no acumulado do ano foi de 6%, para US$ 3,8 bilhões - com evolução de 3,2% em volume, para 731 mil toneladas.

Diante disso, o déficit comercial alcançou US$ 2,36 bilhões no ano, com crescimento de 4,8%. Em real, a alta foi de 14,7%, para R$ 5,05 bilhões.

O avanço dos importados, contudo, não é o único desafio do setor neste ano. A renegociação do contrato de fornecimento de nafta da Petrobras à Braskem, que vence no primeiro semestre, poderá afetar a competitividade de toda a cadeia petroquímica brasileira, na avaliação de fontes da indústria. A Petrobras, segundo fontes, estaria tentando repassar à Braskem, que compra anualmente cerca de 7 milhões de toneladas de nafta da estatal, o custo para trazer a matéria-prima do exterior, o que poderia elevar os valores contratados em cerca de 5%.

E essa alta, conforme um interlocutor, seria repassada ao preço das resinas vendidas a transformadores, uma vez que a petroquímica não teria condições de absorver o custo superior. "Esse será um prejuízo a todos os brasileiros", avalia Roriz. "O resultado disso será o maior volume de transformados importados que chegam prontos ao país".

Ao longo de 2013 até setembro, conforme a Abiplast, os preços das resinas termoplásticas no mercado brasileiro subiram em média 18%, na esteira do câmbio e da valorização dessas matérias-primas. Por outro lado, o preço médio dos transformados plásticos avançou 4,55%.

Fonte: Valor Econômico

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