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Produção industrial volta a crescer após quedas

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13/10/2022

A produção industrial do Amazonas quebrou uma sequência de dois meses de baixa para voltar a crescer em agosto. O Estado seguiu na trajetória inversa à da média nacional, que também mostrou resultados mais fracos na comparação com o ano passado. Os segmentos de bebidas e combustíveis continuam na liderança, sendo seguidos de longe pelos polos de duas rodas e de bens de informática.

Produção industrial volta a crescer

MARCO DASSORI

@marco.dassori @jcommercio

Aprodução industrial do Amazonas quebrou uma sequência de dois meses de baixa para voltar a crescer em agosto. O Estado seguiu na trajetória inversa à da média nacional, que também mostrou resultados mais fracos na comparação com o ano passado. Os segmentos de bebidas e combustíveis continuam na liderança, sendo seguidos de mais longe pelos polos de duas rodas e de bens de informática. Mas, linhas de produção tradicionais do subsetor eletroeletrônico do PIM, a exemplo dos condicionadores de ar, confirmaram a trajetória de queda livre de dois dígitos dos meses anteriores. A indústria amazonense cresceu 7% na variação mensal, amenizando as quedas de junho (-1,4%) e julho (-2,7%). O confronto com o mesmo mês de 2021, mostrou um desempenho muito melhor, ao pontuar acréscimo de 13,4%, em ganho mais encorpado do que o anterior (+7,9%).

Com isso, o Estado ampliou sua vantagem no acumulado de janeiro a agosto (+3,6%), mas segue negativo no aglutinado dos últimos 12 meses (-1,2%). Os respectivos números brasileiros (-0,6%, +2,8%, -1,3% e -2,7%) foram todos mais fracos. É o que revela a pesquisa mensal do IBGE para a atividade, divulgada nesta terça (11). A progressão mensal de 7% no ritmo de atividade industrial fez o Amazonas decolar do 11º lugar para a liderança do ranking das 14 unidades federativas investigadas mensalmente pelo IBGE. Ficou com uma boa vantagem em relação ao Rio de Janeiro (+3,3%) e São Paulo (+2,6%), em uma lista com apenas seis desempenhos positivos e uma estabilidade. Em contrapartida, Pará (-6,2%), Santa Catarina (-4,8%) e Espírito Santo (-3,9%) ficaram no rodapé.

O incremento anual (+13,4%) no indicador de produção industrial fez o Estado se segurar na segunda colocação no ranking, ficando muito atrás apenas do Mato Grosso (+29,9%) e logo à frente do Rio de Janeiro (+6,4%), enquanto Espírito Santo (-12,2%) e Pará (-8,7%) amargaram os piores números. Com o acréscimo detectado no acumulado dos oito meses iniciais deste ano (+3,6%), o Amazonas se manteve na quarta colocação. Mato Grosso (+24,2%) e Pará (-8,1%) protagonizaram os extremos, em um rol com oito resultados decrescentes. Bebidas e motocicletas Na comparação com agosto de 2021, a indústria extrativa (óleo bruto de petróleo) tropeçou 0,7% e a indústria de transformação escalou 14% –reforçando a alta anterior (+8,4%). Mas, quatro segmentos fecharam no vermelho, incluindo as impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos, com -91,1%); máquinas e equipamentos (condicionadores de ar e terminais bancários, com -29%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (conversores, alarmes, condutores e baterias, com -11,1%); e produtos de metal (lâminas, aparelhos de barbear, estruturas de ferro, -4,3%).

Em sentido inverso, a lista dos subsetores em alta inclui bebidas (+35,6%); derivados de petróleo e combustíveis (gás natural, com +16,7%), outros equipam e n t o s d e transportes” (motocicletas e suas peças, com +13,2%); “equipa – m e n t o s d e informática, produtos eletrônicos e ópticos (celulares, computadores e máquinas digitais, com +5%) e produtos de borracha e material plástico (+2,4%) –sendo que este vem perdendo força ao longo dos últimos meses. O acumulado do ano não mostra quadro mais favorável: apenas a indústria de transformação (+3,9%), e suas divisões de bebidas (+19,5%); de borracha e material plástico (+7,6%); de derivados de petróleo e combustíveis (+4,3%); e de “outros equipamentos de transporte” (+4,3%) avançaram. Na outra ponta estão a indústria extrativa (-2,3%) e os subsetores de impressão e reprodução de gravações (-83,4%); de máquinas e equipamentos (-47%); de produtos de metal (-10,2%); de máquinas aparelhos e materiais elétricos (-4,9%); e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%).

Fôlego sem recuperação O supervisor de disseminação de informações do IBGE- -AM, Adjalma Nogueira Jaques, disse à reportagem do Jornal do Commercio que o resultado foi animador para a manufatura do Amazonas, mas reforçou que o setor se sustentou em praticamente metade de suas atividades e que a média móvel trimestral da pesquisa –que ajuda a captar tendências –ainda não apresenta um quadro promissor para o Estado. “Graças ao bom desempenho de cinco atividades industriais, agosto foi um mês bem positivo para a indústria amazonense. Houve crescimento na comparação com o mês anterior e com igual mês do ano passado.

O desempenho colocou o Estado com o maior crescimento dentro do mês entre todas as unidades federativas, e os aumentos do mês deram fôlego aos acumulados. Mas, outras cinco atividades do PIM ainda estão apresentando queda de produção, o que não cria perspectivas otimistas para uma recuperação consistente nos próximos meses”, ponderou. “Momentos de oscilação” O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antonio Silva, ressaltou à reportagem do Jornal do Commercio que os números mostram instabilidade no desempenho do setor no Estado, em função do rescaldo dos impactos econômicos da pandemia e da guerra nas cadeias produtivas globais e em suas respectivas formações de preços. O dirigente avalia que as perspectivas de curto prazo para a indústria são positivas, em razão da sazonalidade e de fatores atípicos. “Os números refletem com exatidão os momentos de oscilação do segmento fabril, em decorrência dos problemas já conhecidos, como inflação e falta de insumos na cadeia global de fornecimento. Esses fatores contribuem para alternância entre inflexões positivas e negativas, sem indicadores constantes de retomada.

Mas, temos uma perspectiva positiva para o último quadrimestre do ano, especialmente se considerarmos o fator Copa do Mundo, que tem efeito positivo sobre os indicadores de produção”, asseverou. “Equilíbrio e recuperação” Na mesma linha, o presidente da Aficam (Associação dos Fabricantes de Insumos e Componentes do Amazonas), Roberto Moreno, concorda que a manufatura amazonense ainda enfrenta problemas no fornecimento de partes e peças, mas avalia que os números do IBGE confirmam trajetória ascendente e de retomada gradual para o setor. “Vejo que as expectativas primeiro de equilíbrio, e depois de recuperação econômica, como imaginei meses atrás, estão se concretizando. Ressalvo sempre que alguns subsetores enfrentam problemas pontuais e temporário de falta de insumos ou de alto estoque. Essas sazonalidades irão ocorrer devido ao completo desbalanceamento das cadeias produtivas e de suprimentos. Acredito que, para os próximos meses, teremos sempre melhores indicadores e resultados, como no geral tem ocorrido. Até atingirmos uma estabilidade plena”, concluiu.

Fonte: JCAM

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