04/12/2013
“Mesmo com a melhora clara no ritmo da produção industrial, o resultado ainda é insuficiente para suplantar a perda acumulada de maio a julho. Ainda há um saldo negativo a ser superado. É claro que houve melhora no ritmo da produção, mas ele ainda é bastante moderado”, afirmou o especialista do IBGE.
Segundo dado dessazonalizado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), o setor cresceu 0,6% entre setembro e outubro. Foi o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, que acumula alta de 1,3% nesse período. Entretanto, entre maio e julho, a indústria registrou recuo de 2,3% na produção.
De acordo com Macedo, o que chama atenção no resultado da produção industrial de outubro frente a setembro é o perfil disseminado de aumento de atividade, ocorrido em 21 dos 27 ramos investigados.
Nesse período, o melhor desempenho verificado pelo IBGE foi em edição, impressão e reprodução de gravações, que cresceu 13,1%, enquanto o setor de madeira cresceu 6%, ao passo que o de fumo subiu 5,7%.
Na série dessazonalizada, o resultado mais baixo apurado foi no setor de bebidas, cuja produção encolheu 5,9%, seguido por mobiliário e veículos automotores, que recuaram 4,8% e 3,1%, respectivamente.
Entre as categorias de uso, dos quatro grupos, três tiveram alta na produção. Entre setembro e outubro, na série livre de influências sazonais, bens de capital avançaram 0,6%, bens intermediários subiram 0,3% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis tiveram alta de 1%, ao passo que bens de consumo duráveis recuaram 0,6%.
“Claramente, há um número maior de taxas positivas. Esse perfil disseminado de resultados positivos não era observado desde junho deste ano, quando 22 atividades tiveram crescimento”, disse Macedo.
Apesar dos avanços dos últimos meses, o patamar de produção da indústria brasileira ainda está 2,6% abaixo do pico da série, registrado em maio de 2011.
Fonte: Valor Econômico