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Produção industrial do Amazonas cai 20,6% em março

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13/05/2015

O recuo de 20,6% registrado pelo Amazonas na atividade industrial no último mês de março, frente ao mesmo período do ano passado, foi o mais forte entre 15 locais pesquisados, incluindo 14 capitais mais a região Nordeste, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa a décima segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde julho de 2012 (-24,3%).

Segundo o IBGE, seis das dez atividades analisadas apresentaram quedas, com destaque negativo para os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-36,7%) e de bebidas (-41,9%), pressionados, sobretudo, pela menor produção de televisores e computadores pessoais portáteis (laptops, notebook, handhelds, tablets e semelhantes); e de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, respectivamente. Por outro lado, os principais impactos positivos vieram dos ramos de produtos de metal (8,7%), de impressão e reprodução de gravações (15,2%) e de máquinas e equipamentos (12,7%).

Além do pior desempenho mensal em relação a 2014, o Estado também amargou as mais fortes retrações tanto no acumulado em 12 meses (-10,9%) como no primeiro trimestre do ano. No indicador acumulado de janeiro a março de 2015, a indústria amazonense recuou 17,8% frente a igual período do ano. Nesta comparação, nove das dez atividades pesquisadas mostraram queda na produção.

O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-37,3%) exerceu a influência negativa mais relevante sobre o total da indústria, pressionado, sobretudo, pela menor produção de televisores. Outros recuos importantes ocorreram nas atividades de outros equipamentos de transporte (-12,8%), em grande parte, pela queda na fabricação de motocicletas e suas peças; de bebidas (-7,8%), pela diminuição da produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,1%), pelas quedas de produção de gasolina automotiva, óleos combustíveis e óleo diesel; e de produtos de borracha; e de material plástico (-18,5%), explicado pela redução de peças e acessórios de plástico para a indústria eletroeletrônica e pré-formas de garrafas plásticas.

Por outro lado, o único impacto positivo veio do ramo de máquinas e equipamentos (3,5%), impulsionado, especialmente, pela maior fabricação de aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo split system). A única expansão apresentada pelo Polo Industrial de Manaus em março aconteceu na comparação frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro), quando houve crescimento de 0,5%.

Crise no modelo


O economista José Alberto Machado observa que os números negativos, acima dos 20%, registrados pelo Polo Industrial de Manaus no último mês, em relação ao ano passado, além de serem os piores do Brasil, estão muito distantes dos demais Estados –mesmo dos que também tiveram desempenho pífio. “O resultado do Amazonas não é simplesmente o pior, ele é o pior muito distante dos demais. Depois do Amazonas, o segundo pior, na comparação com março de 2014, é Minas Gerais com -9,7%. Portanto, somos simplesmente os últimos da lista, somos os últimos com uma diferença de mais de 100% em relação ao segundo pior colocado”, destacou.

Na opinião de Machado, a alarmante situação da indústria local, refletida nos números do IBGE, não é reflexo apenas da crise econômica que o país atravessa. Ele atribui as sucessivas quedas na produção industrial do PIM à crise do próprio modelo ZFM, aliada ao momento de ajuste no âmbito nacional. “Estamos perdendo ritmo de crescimento a bastante tempo”, lamentou Machado.

Fonte: JCAM

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