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Produção industrial continua fraca

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09/01/2015

A atividade industrial recuou 0,7% em novembro ante outubro de 2014, principalmente devido à retração de 3,4% no setor de alimentos, cuja produção foi prejudicada pela seca dos últimos meses.

"O setor de produtos alimentícios é aquele que assinala a principal magnitude e a principal influência de perdas nesse par de meses", afirmou o gerente de coordenação da indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo, ao comentar a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada ontem.

Segundo ele, essa retração é em grande parte consequência do desempenho do setor de açúcar e álcool, afetado pelo que ele definiu como 'condição climática adversa', principalmente na Região Centro-Sul do País.

"Sem esse efeito [do clima], o desempenho do setor seria certamente diferente, talvez não com resultado positivo, mas com uma queda menos acentuada", avalia. Na comparação com igual mês de 2013, a produção de alimentos caiu 8,7%, indica a PIM.

"A seca é um dos maiores problemas a serem enfrentados em 2015, porque isso afeta não só o setor de alimentos, mas toda a indústria, elevando custos, inclusive de energia, que já está subindo", diz o economista Pedro Paulo Silveira.

Recuperação


Para os próximos meses, a perspectiva é de manutenção do quadro de redução da atividade industrial, com possibilidade de recuperação a partir do segundo semestre.

"O resultado da indústria pode melhorar, mas ainda depende de medidas de estímulo", afirma o professor de economia da Fundação Instituto de Administração (FIA), José Roberto Cunha.

Segundo o economista, o elevado nível de estoques também exerceu influência negativa sobre o desempenho das indústrias em novembro e pode continuar prejudicando a atividade em 2015. Para ele, embora alguns setores tenham mais destaque, todo o setor produtivo ainda enfrenta uma delicada situação.

Na comparação com novembro de 2013, a indústria em geral teve queda de 5,8% e no acumulado entre janeiro e novembro redução de 3,2%.

André Macedo observa um recuo generalizado em todos os ramos da indústria a passagem de outubro para novembro passado. Houve baixa em bens de capital (-0,2%), bens de consumo duráveis (-2,1%) e semiduráveis e não duráveis (-1,3%). Apenas a categoria de bens intermediários não registrou queda, terminando com o mesmo indicador de outubro.

Já entre janeiro e novembro, bens de capital (-8,8%), bens de consumo duráveis (-9,1%), semiduráveis e não duráveis (-0,1%) e bens intermediários (-2,9%). "Essa tendência negativa confirma que 2014 não foi bom", disse Macedo.

Fonte: DCI


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