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Produção industrial cai 28% no bimestre

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08/04/2016

A indústria amazonense amarga resultados negativos pelo nono mês consecutivo com perda acumulada de 26,7%, no período. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no primeiro bimestre deste ano a produção industrial registrou queda de 28% em comparação ao mesmo período de 2015. Nove das dez atividades pesquisadas apresentaram queda produtiva. Entre os recuos mais expressivos estão os dois seguintes setores: de máquinas e equipamentos (77,6%), de aparelhos elétricos (45,9%), e de produtos eletrônicos e ópticos (37,8%). Para os empresários, os números refletem os problemas econômicos que atingem o país e, consequentemente, o Amazonas.

Conforme o IBGE, no último mês a produção industrial apontou recuo de 4,7% em relação a janeiro deste ano. No mês de fevereiro deste ano o setor industrial amazonense ainda registrou recuo de 25% na produção em comparação com igual mês do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -18,4% em fevereiro de 2016, manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (9,4%).

O segmento de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que teve queda de 37,8%, exerceu a influência negativa mais relevante sobre o total da indústria, pressionado, em grande parte, pela menor produção de televisores, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado ou semelhantes), receptor-decodificado de sinais de vídeo codificados e rádios para veículos automotores.

A lista ainda é acrescida de recuos vindos dos setores de transporte, com redução de 35,4%; de máquinas e equipamentos, setor que teve queda de 77,6%; de bebidas, com menos 11,3%, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, onde a redução foi de 10,1%; e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com retração de 45,9%.

Conforme o IBGE, os números mostram que houve redução expressiva no ritmo produtivo de motocicletas; de aparelhos de ar-condicionado dos tipos Split; de janela ou os transportáveis; terminais comerciais de autoatendimento e equipamentos de ar-condicionado para uso central; de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais; de óleos combustíveis e óleo diesel; e de conversores estáticos elétricos ou eletrônicos, baterias e acumulados elétricos, fios, cabos e condutores elétricos com capa, fornos de micro ondas e aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo e incêndio.

Por outro lado, o único impacto positivo do setor extrativo (0,6%), impulsionado especialmente, pela maior extraçãoo de gás natural.

Na avaliação do presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, os resultados negativos registrados nos últimos nove meses consecutivos não surpreendem à classe empresarial ao considerar o cenário econômico conturbado que assola o país e que consequentemente atinge o setor industrial no Amazonas. Ele frisa que além dos números relacionados à produção, o PIM (Polo Industrial de Manaus) ainda enfrenta um índice crescente de demissões. Em dezembro de 2014 o distrito industrial contava com 125 mil trabalhadores, mas no final de 2015 esse número caiu para 87 mil. “Esse numero continua caindo. Estamos próximos aos 83 mil empregos. Isso é o reflexo de todas as turbulências que atingem o pais. O desemprego ocasiona a queda no poder de compra e quem permanece empregado se sente inseguro de consumir. Logo, há menor demanda e redução produtiva”, explica o empresário.

Périco ainda informou que atualmente o PIM opera com aproximadamente 60% da capacidade instalada e que é difícil prever mudanças para a situação das fábricas locais. “Não há previsão de melhoria porque o situação está fora de nosso controle. O país está em retração. Fatores como a energia, o combustível, a variação cambial, encarecem a produção. Isso, somado à indefinição do cenário político assusta. É difícil ter perspectivas positivas nesse momento”, disse.

Fonte: JCAM

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