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Produção e emprego na indústria continuam em queda

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29/04/2015

A indústria brasileira teve mais uma queda na produção e no emprego em março. O índice de evolução da produção foi de 48,2 pontos e o do número de empregados, 43,6 pontos. As informações são da pesquisa Sondagem Industrial divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (29). Os dois indicadores variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50, indicam queda na produção e no emprego.

De acordo com o levantamento, a queda na produção contrariou uma tendência de mais aquecimento da atividade industrial em março em relação aos primeiros meses do ano. A utilização da capacidade instalada foi de 67%, e é a menor para o mês desde o início da série histórica, em 2011. Além disso, o índice de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 52,1 pontos, sinalizando aumento dos estoques indesejados.

Segundo o economista da CNI Marcelo Azevedo, o estoque acumulado dificulta a recuperação da atividade industrial . "Os estoques devem ser reduzidos para que a indústria possa retomar a produção", afirmou.

A situação financeira do setor também piorou no primeiro trimestre do ano, pressionada pelos custos. O índice de evolução do preço médio das matérias-primas alcançou 71 pontos e foi o maior da série trimestral, iniciada em 2012. Com isso, houve aumento da insatisfação dos empresários em relação ao lucro e à situação financeira, cujos indicadores recuaram mais de cinco ponto frente ao último trimestre de 2014. O índice de satisfação com o lucro operacional foi de 35,4 pontos. Já o de situação financeira, que atingiu 40,5 pontos, é o menor da série, iniciada em 2007.

Para agravar a situação do setor, o acesso a financiamento está cada vez mais difícil. O índice de facilidade de acesso ao crédito recuou para 32,7 pontos e foi o menor desde o primeiro trimestre de 2009. No último trimestre de 2014, o indicador foi de 36,8 pontos, também abaixo de 50 pontos.

Obstáculos e expectativas


A pesquisa mostra ainda que a demanda interna insuficiente, com 39,1% das menções, e elevada carga tributária, com 35,8%, são os principais problemas enfrentados pela indústria no primeiro trimestre do ano. Destaca-se ainda a preocupação dos empresários sobre aspectos relacionados à elevação de custos, em especial energia e matéria-prima.

De acordo com o levantamento, a intenção de investimento, que atingiu 46,5 pontos em abril, continua em queda. O índice apresentou recuo de 0,7 ponto ante março e 11,1 pontos frente a abril de 2014. Além disso, os empresários continuam pessimistas em abril em relação à demanda, à compra de matérias-primas e o número de empregados, já que os índices ficaram abaixo da linha de 50 pontos. O indicador de demanda foi de 47,9 pontos, o de compras de matérias-primas registrou 45,8 pontos e o de número de empregados atingiu 42,6 pontos.

Os empresários estão otimistas apenas em relação às exportações, cujo índice foi de 51,7 pontos. "A atual taxa de câmbio tem forte influência na melhora das expectativas dos empresários sobre a evolução das exportações", destacou Azevedo.

A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 15 de abril com 2.307 empresas, das quais 928 são pequenas, 835 são médias e 544 de grande porte.

Fonte: Portal da Indústria (CNI)


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