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Produção de TVs em Manaus cai 22,4% sob os efeitos da pandemia

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22/07/2020

Fonte: EM TEMPO

Maria Eduarda Oliveira

As fabricantes de televisores do Polo Industrial de Manaus (PIM), que já vinha amargando queda 8,7% no primeiro trimestre deste ano 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior, viram as suas produções despencarem com a chegada das restrições de contenção à pandemia. De janeiro a maio, a produção do segmento registrou 22,4% de queda, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Apesar do resultado, a Eletros está confiança na retomada neste segundo semestre.

Enquanto nos três primeiros meses de 2019 foram produzidas 5.676.410 de unidades de TVs no PIM, no mesmo período em 2020, o volume da produção recuou para 4.400.538 unidades. Os resultados ficaram ainda menos promissores com a chegada pandemia da Covid-19. Em uma análise ainda mais detalhada, em maio deste ano, no comparativo com o mesmo mês de 2019, foram produzidas 383,628 unidades de TVs a menos, representando uma queda de 35% na produção.

No cenário das vendas de maio no varejo brasileiro, de acordo com a Eletros, a situação não foi diferente, visto que foram vendidos 192.576 aparelhos a menos, o que significa 19% de perdas, no comparativo igual mês do ano passado.

Os televisores estão entre os principais produtos do Polo Industrial de Manaus, em termos de produção e faturamento. Em 2018, por exemplo, ano da Copa do Mundo da Rússia, a indústria amazonense produziu 11,6 milhões de aparelhos, que renderam, aproximadamente, US$ 4,76 bilhões. Segundo os indicadores da Eletros, até esse momento, as TVs de telas finas “LCD” representam 100% de todas as TVs produzidas e comercializadas na Zona Franca de Manaus (ZFM), com destaque para os modelos Smar e 4K UHD.

Segundo semestre

De acordo com o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento Junior, para o segundo semestre, o crescimento da produção e das vendas ao consumidor dependem de fatores como o retorno das atividades do varejo e do comércio e a segurança do consumidor em retornar ao hábito do consumo. “O segundo semestre sempre é muito melhor que o primeiro para as vendas de televisores. Esse produto é o grande atrativo de datas importantes para o comércio e que geram momentos de alto consumo no país, como o Natal e a Black Friday”, salienta Jorge Júnior.

O presidente da Eletros observa que, em tempo normais, a venda de aparelhos de TV chegada a crescer 30%, em comparação com o primeiro semestre. “Os seis meses do final do ano sempre tendem a ser melhores para o setor. Contudo, neste cenário de pandemia não temos qualquer perspectiva. Teremos que aguardar para ver se continuaremos em queda ou se conseguiremos avançar na produção e, principalmente, nas vendas”, encerra.

Antes da pandemia

Anteriormente, quando o cenário de crise econômica e política ainda não era uma realidade por conta da pandemia da Covid-19, a Eletros acreditava que a produção de televisores poderia crescer em até 6%, no PIM, uma vez que 2020 seria o ano dos jogos Olímpicos em Tóquio, no Japão. As perspectivas mudaram com a pandemia do novo coronavírus iniciada na China.

O crescimento da produção e consumo de televisores costuma ser mais intenso em ano de Copa do Mundo, quando os brasileiros aproveitam para substituir seus aparelhos, em busca de telas maiores e com recursos mais inteligentes. As Olimpíadas têm o mesmo impacto em escala menor, mas ainda estimulam o consumidor a sair às compras. Contudo, os jogos – que aconteceriam em julho de 2020 - foram adiados em até um ano, o que também causou impacto na produção e nas vendas de televisores no PIM.

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