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Produção de motos do PIM tem bons números em maio

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11/06/2021

Fonte: JCAM

Antonio Parente

Mesmo em meio às incertezas de uma possível onda de Covid no Amazonas, a produção de motocicletas do PIM (Polo Industrial de Manaus) registrou números positivos na sua produção no mês de Maio. Saíram das linhas de produção 103,792 unidades, uma alta de 600,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as fábricas produziram apenas 14.809 unidades.

No acumulado desde janeiro, os dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), registraram uma produção de 463 mil unidades, uma alta de 47,5% em relação ao ano passado. A quantidade está bem próxima ao patamar registrado em 2019, quando as montadoras, no período pré-pandemia, fabricaram 468.494 unidades.

Para o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a expectativa do setor é que no mês de junho a produção volte a crescer de uma maneira que consiga abastecer o mercado consumidor aquecido.

“Estamos recuperando aquilo que perdemos no passado. Quanto mais rápido a gente voltar a crescer, mais rápido podemos voltar ao patamar de 2011. Temos todas as condições em 2021. Isso gera uma expectativa do lado da nossa produção e do lado do consumidor que quer comprar nossos produtos, mas precisa esperar”, explicou.

Apesar dos resultados de maio serem 15,1% menores que os do mês de abril, o setor mantém sinais de recuperação trazendo otimismo ao mercado consumidor. Segundo Fermanian a queda no desempenho em maio já era esperada. “A queda no desempenho em maio já era esperada, pois uma associada suspendeu temporariamente algumas linhas de produção. No entanto, analisando o volume acumulado desde janeiro, temos números bem próximos ao patamar registrado em 2019, período pré-pandemia”, disse.

Segundo a Abraciclo, existe um otimismo muito grande do setor em relação ao desempenho da economia e da indústria brasileira, que no mês de maio, registrou uma alta expansão na sua produção. O cenário tem levado o segmento de motocicletas a continuar firme com as suas estratégias de trabalho elaboradas para o período da pandemia. Atualmente, o setor ainda é um dos que representa a principal fatia de geração de emprego e renda para o estado.

Para Fermanian, esse papel gera uma responsabilidade significativa para o segmento, atuando de forma concentrada em seu planejamento.

“Quando olhamos para a indústria brasileira e percebemos quais os segmentos que estão crescendo, sentimos uma responsabilidade muito grande. A cidade de Manaus vive em torno do crescimento da indústria e o setor de duas rodas tem uma participação muito grande nessa produção. Gostaríamos muito de produzir mais para atender a demanda, mas existe um descompasso entre a produção e a demanda. Temos que nos adaptar aos protocolos de saúde. Não é uma questão técnica”, destacou.

Como representante das associadas no segmento, o executivo externaliza o receio das montadoras com o processo de vacinação no Brasil. Para ele, quanto mais rápido for o trabalho de imunização da população, mais rápido as fábricas retornam para o ritmo de produção normal para atender a alta demanda do mercado.

“No momento, as fábricas mostram uma curva de recuperação. No entanto, estamos apreensivos em relação ao ritmo do avanço da pandemia nos próximos meses”, ammm. É preciso acelerar o programa de vacinação para trazer tranquilidade na gestão das nossas fábricas”, completa.

Estratégias

Com retorno da fábrica em todos os turnos, a Honda segue projetando crescimento para o ano de 2021, mas mantém a cautela, dado o grau de incerteza no controle da pandemia e de seus impactos em toda a cadeia de negócios. Segundo a empresa, o lado positivo é que, no segmento de motocicletas, a demanda manteve-se resiliente. Isso porque o veículo vem exercendo um papel fundamental no Brasil de hoje, para o deslocamento diário, geração de renda ou lazer. Segundo a empresa, foram produzidas 83.060 unidades em maio. Atualmente, a empresa gera cerca de 7 mil empregos, sendo aproximadamente 6 mil diretamente ligados à produção.

A Yamaha Motor da Amazônia, destacou seu plano de produção anual, que foi fixado no ano passado, e segue todo um cronograma de produção estabelecido. Com o aumento da vacinação e o otimismo de normalização na vida das pessoas, a empresa vislumbra um segundo semestre de crescimento.

“A vacinação, o otimismo e a busca pela retomada de atividades presenciais, semelhantes ao período pré pandemia, são bem vindos, por todos os aspectos, mas, o volume de produção, como disse, já está estabelecido, o mercado bastante aquecido e receptivo, exatamente como já havíamos planejado”, explicou o diretor de relações institucionais da empresa, Hilário Kobayashi.

As boas notícias na economia brasileira, com o superávit da balança comercial e o aumento do PIB nacional, trouxe bastante otimismo para a empresa, que enxerga o cenário nacional como um sinal positivo de melhoria. “Boas notícias econômicas são sempre favoráveis para os negócios em geral, pois funcionam como um sinalizador de que, apesar da crise decorrente da pandemia, o país está superando as dificuldades, produzindo e crescendo. Para o mercado de motocicletas, em particular, essas notícias reforçam as expectativas de crescimento que previmos no final do ano de 2020 e que nos fez estabelecer os planos que vimos seguindo”, disse.

Distribuição

Em relação à distribuição, o executivo afirma que as fabricantes estão regularizando a entrega de motocicletas gradualmente para as concessionárias. “O estoque ainda é baixo e acreditamos que, em poucos meses, conseguiremos normalizar a situação e acabar com a fila”, diz Fermanian.

Diante desse cenário, o executivo acredita que o mercado deve continuar aquecido nos próximos meses. A projeção da associação para este ano é produzir 1.060.000 motocicletas, alta de 10,2% na comparação com 2020.

Vendas no varejo

Com 110.376 unidades licenciadas em maio, as vendas no varejo alcançaram o melhor resultado do ano. Esse é, também, o melhor desempenho para o mês, desde 2014, que teve 126.701 unidades emplacadas. Na comparação com abril, que teve 94.654 motocicletas emplacadas, o volume foi 16,6% maior. Em relação ao mesmo mês de 2020, houve alta de 278,1%. Em maio do ano passado, as vendas no varejo totalizaram 29.192 unidades.

De acordo com Fermanian, a fila de espera pode chegar a 45 dias para os modelos da categoria Street, que é bastante utilizada pelos entregadores de aplicativos. Já para as motocicletas premium e de uso misto, que têm demanda menor, a fila está normalizada. A Street liderou o ranking das categorias mais vendidas. Em maio foram emplacadas 54.714 unidades, o que corresponde a 49,6% de participação do mercado. Em segundo lugar, ficou a Trail (24.028 unidades e 21,8% de participação), seguida pela Motoneta (14.941 e 13,5%).

Com 21 dias úteis, a média diária de vendas em maio, foi de 5.256 unidades. Na comparação com abril, que teve um dia útil a menos e média diária de 4.733 motocicletas licenciadas, houve alta de 11,1%. Em relação a maio do ano passado, que também contou com 20 dias úteis, o aumento foi de 260,1%. Naquele mês, a média foi de 1.460 emplacamentos/dia.

Emplacamento

Os emplacamentos no acumulado do ano totalizaram 410.474 unidades, volume 34,9% superior às 304.286 motocicletas licenciadas no mesmo período de 2020. As posições do ranking foram mantidas: Street (201.550 unidades e 49,1% do mercado), Trail (84.653 unidades e 20,6%) e Motoneta (54.541 unidades e 13,3%).

Exportações

Em maio, foram exportadas 4.410 motocicletas, volume 3,1% superior às 4.276 unidades registradas em abril e 1.768,6% maior que o mesmo mês do ano passado (236 unidades).

De acordo com o portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, o principal destino foi a Colômbia, com 1.364 unidades e 29,8% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.358 motocicletas e 29,7% do total exportado), seguida pela Austrália (952 unidades e 20,8%).

De janeiro a maio, as exportações totalizaram 21.851 unidades, o que corresponde a uma alta de 191,9% em relação ao mesmo período de 2020 (7.487 motocicletas).

Os embarques para a Argentina somaram 6.920 unidades e representaram 30,8% do volume exportado. Na sequência do ranking, vieram os Estados Unidos (5.537 motocicletas e 24,7% do total exportado) e a Colômbia (4.249 unidades e 18,9%). “As motocicletas exportadas para mercado norte americano são, principalmente, do modelo off-road e comprovam que o produto nacional tem alto valor agregado, tecnologia avançada e atendem aos mercados mais exigentes”, afirma Fermanian.
Foto/Destaque: Divulgação

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