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Produção de motocicletas avança 1,6% no primeiro trimestre do ano

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13/04/2017

A indústria de motocicletas encerrou o primeiro trimestre com 231.381 unidades produzidas, aumento de 1,6% na comparação com o fabricado em igual período de 2016.

Apesar da alta, o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, destacou que o desempenho é praticamente estável em relação ao ano passado.

Em março, o volume produzido de motos cresceu 2,3% ante igual período de 2016, para 82.416 unidades, depois de recuar 5,4% em fevereiro, mês com quatro dias úteis a menos, de acordo com dados da Abraciclo.

Já as vendas internas no atacado mostram aumento de 0,2% nos três primeiros meses do ano. Com isso, o volume comercializado chegou a 215.820 unidades.

No entanto, o crescimento registrado no trimestre foi puxado pelo desempenho das vendas no atacado em janeiro, cuja alta foi de 14,2%. Nos meses seguintes, as vendas recuaram 6,5% e 3,8%, respectivamente.

"Esse é mais um setor que começa a se ajustar e encontrar um ponto de equilíbrio. E em função da redução do endividamento das famílias, as coisas começam a melhorar, além do veículo de duas rodas ser uma alternativa mais barata quando comparada ao quatro rodas, o que pode ajudar nas vendas", avalia o sócio diretor da Macrosector Consultores, Fábio Silveira.

Para o presidente da Abraciclo, os recursos oriundos das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também podem contribuir para o aumento das vendas de motocicletas.

"Mesmo com grande parte dos recursos das contas inativas do FGTS sendo direcionada para o pagamento de dívidas, isso libera o acesso a novos financiamentos. Acreditamos que uma parte está sendo direcionada para o consumo de motocicletas", comentou Fermanian.

O perfil de crédito também está melhor neste ano, avaliou o dirigente. De janeiro a março, as vendas pela modalidade de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) voltaram a registrar crescimento, com alta de 0,2%.

No mesmo período, a venda por consórcio caiu 19,1% e, à vista, recuou 17,4%.

"Essa mudança [com CDC crescendo] é um sinal positivo [para a demanda] e nos leva a acreditar que vamos conseguir cumprir o plano de emplacamentos para esse ano", comentou o presidente da Abraciclo.

Ele manteve a previsão para o desempenho da indústria de duas rodas em 2017, com aumento de 2,5% na produção, totalizando 910 mil unidades. As montadoras já chegaram a produzir 2 milhões de unidades em 2011.

Emprego

Com a demanda por motocicletas ainda aquém do ideal, Fermanian revelou ainda que o quadro de funcionários das indústrias em Manaus (AM) sofreu retração nos primeiros três meses do ano. "Houve uma redução significativa no número de funcionários no início deste ano, em função da queda da produção. Mas daqui para frente não devemos ter nenhum movimento de demissões", disse o dirigente.

Segundo ele, nos próximos três meses, as fabricantes de motocicletas continuarão fazendo ajustes para equalizar estoques de acordo com cada modelo de produto.

"Será um ajuste fino por modelos, mas isso não deve se traduzir em cortes substanciais no volume de produção", explicou Fermanian.

Alternativa

De janeiro a março, as exportações cresceram 26,9%, para 17.444 unidades. Desse total, 87% do volume comercializado foi produzido pela Honda e, o restante, pela Yamaha. A Kawasaki, que de janeiro a março do ano passado exportou 24 unidades, em 2017 não embarcou nenhum produto.

As vendas externas, que vêm ajudando a mitigar a retração da demanda interna, devem crescer 57,6% neste ano, chegando ao patamar de 93 mil unidades, enquanto as vendas no atacado devem cair 3,8%, para 825 mil unidades, conforme projeção da Abraciclo.

Fermanian destaca que, embora a associação não acompanhe com detalhes a reposição de autopeças, o segmento tem ido bem. "Eu ouvi de associados que, apesar do encolhimento do nosso mercado, a troca de titularidade continua intensa e quem compra uma moto usada ou posterga a troca do produto acaba gastando com a troca de componentes, o que movimenta o setor de peças e serviços", contou.

Fonte: DCI

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