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Produção de bicicletas em alta no Polo Industrial de Manaus

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30/01/2020

Fonte: Jornal do Commercio

O PIM encerrou 2019 com 919.924 bicicletas fabricadas, 18,9% a mais do que em 2018 (773.641). Os números superaram de longe as expectativas do setor (+10,8%). A projeção da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) para 2020 é de aumentar a produção em 7,3% e fechar o ano com 987 mil unidades. Os dados foram divulgados nesta sexta (24).

O balanço de dezembro 2019 (20.747 unidades), contudo, foi negativo em 73,8% na comparação com o mês anterior (79.137) e 5,1% inferior aos números contabilizados em dezembro de 2018 (21.857). A Abraciclo ressalta que o último mês do ano é utilizado pelas fábricas para férias coletivas, serviços de manutenção e instalação de novos equipamentos, e reforça que nas unidades fabris. A entidade ressalta também que PIM mantém sua posição como o maior centro fabricante de bicicletas no Ocidente.

A categoria mais produzida no acumulado do ano foi a Mountain Bike (436.795 unidades e 47,5% de participação. Na sequência vieram a Urbana/Lazer (337.849 unidades e 36,7%), Infanto-Juvenil (133.220 unidades e 14,5%), Estrada (9.102 unidades e 1%) e Elétrica (2.958 unidades e 0,3%). As projeções da Abraciclo para a produção nas categorias, ao final de 2020, são de crescimento de 4,4% (456 mil), 5,1% (355 mil), 15,6% (154 mil), 20,9% (11 mil) e 271,9% (11 mil), respectivamente.

A região brasileira que recebeu o maior volume de bicicletas produzidas no PIM em 2019 foi a Sudeste (521.516 unidades e 56,7% de participação). Em seguida, vieram as regiões Sul (167.802 unidades e 18,2%), Nordeste (112.479 unidades e 12,2%), Norte (69.102 unidades e 7,5%) e Centro Oeste (49.025 e 5,3%).

Tecnologia e qualidade

No entendimento do vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, os investimentos em tecnologia e a oferta de produtos com maior valor agregado devem alavancar ainda mais o setor, em 2020. “Os produtos nacionais contam com o mesmo nível de qualidade das marcas globais, porém a preços mais acessíveis, o que vem atraindo cada vez mais os consumidores. Isso se deve ao contínuo investimento que as fabricantes têm feito em tecnologia e modernização”, declarou Gazola, no texto da Abraciclo.

O dirigente avalia que o aquecimento da economia, decorrente da redução nas taxas de juros e a queda da inadimplência dos consumidores, têm estimulado a compra do produto. “Além disso, vimos nos últimos anos um forte incentivo ao uso da bicicleta como um meio de locomoção, e não somente como lazer. Isso se reflete no aquecimento e populariza o uso da bike”, enfatizou.

Crédito e ciclovias

Em sintonia, o vice-presidente da Fieam e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Manaus, Nelson Azevedo, destaca que os juros comparativamente menores e a maior facilidade no crédito ajudou o consumidor de menor poder aquisitivo a ter acesso ao produto.

“O polo de duas rodas está tendo um desempenho muito bom e essa disparada das bicicletas é uma ótima notícia. Isso se deve à implantação de ciclovias nas partes mais desenvolvidas do país e a popularização das bicicletas como meios de transporte, assim como para fins de saúde e lazer. Devemos ter um crescimento talvez até maior do que o esperado pela Abraciclo neste ano. Os números do primeiro trimestre deve dar uma ideia para as empresas”, frisou.

Importações e exportações

O setor encerrou o ano com queda expressiva nas importações de produtos prontos e expansão moderada nas exportações de bicicletas ‘made in Manaus’, conforme dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo.

Em 2019 a importação em todo o território nacional somou 74.962 unidades, volume 36,3% inferior ante as 117.668 de 2018. As bicicletas vieram principalmente da China (57.171 unidades e 76,3% de participação), de Taiwan (10.777 e 14,4%) e de Portugal (2.518 e 3,4%).

Em relação às exportações, a mesma base de dados aponta que, em 2019, saíram 13.438 bicicletas das fábricas brasileiras, alta de 4,3% em relação às 12.880 unidades de 2018. Paraguai (4.017 unidades e 29,9% de participação), Argentina (3.868 e 28,8%) e Chile (2.679 e 19,9%) foram os principais destinos.

O gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam, Marcelo Lima, disse ao Jornal do Commercio que o recuo nas importações reflete a preferência do consumidor brasileiro pelo produto nacional e que o aumento das exportações já era esperado no segundo semestre. O dirigente lembrou ainda que incrementar as exportações globais para a América Latina atende aos objetivos do planejamento da CNI e a Abraciclo.

“Apesar das recentes crises nos países vizinhos, onde está a maior parte dos destinos externos dos produtos do PIM, as exportações devem aumentar neste ano, principalmente na categoria elétrica. O Paraguai está com uma série de incentivos e um comércio bem pujante. Peru e Bolívia também vêm se destacando, mas ainda há preocupações em relação à situação política na Argentina”, finalizou.

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