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Produção de bicicletas dá salto de quase 20%

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05/08/2019

Reportagem publicada pelo Jornal Acrítica

Antonio Paulo

A Produção de bicicletas dá salto de quase 20% PIM produziu, no primeiro semestre deste ano, 391.188 bicicletas superando as 332.018 unidades do mesmo período de 2018 A produção de bicicletas no Brasil aumentou quase 20% nos seis primeiros meses de 2019 graças a duas práticas em alta na sociedade moderna: o compartilhamento do veículo para a locomoção nas grandes cidades e o crescimento do mercado de entregas de produtos e serviços, o chamado "bike-delivery".

No Amazonas, o maior produtor de veículos de duas rodas do País, a produção cresceu 17,8%. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 391.188 bicicletas foram produzidas pelas fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) no primeiro semestre deste ano, superando as 332.018 unidades do mesmo período do ano anterior.

Em junho deste ano, saíram das linhas de montagem 58.467 unidades, correspondendo a uma alta de 14,8% ante as 50.929 bicicletas produzidas no mesmo mês de 2018.

Esse foi o melhor resultado para junho desde 2016, quando foram fabricadas 64.338 unidades. Em relação a maio, houve queda de 20,2% (73.299 unidades). Demonstrando que o fenômeno das `bikes' vem crescendo cada vez mais no Brasil, a categoria Urbana foi a segunda mais produzida no semestre com 33,8% (132.387 unidades), sendo superada pela Mountain Bike, a mais produzida no PIM, com 207.336 unidades e 53% de participação.

Na sequência vieram Infanto-Juvenil, com 11,9% (46.559); Estrada, com 1% (3.796) e Elétrica, com 0,3% (1.110). De acordo com a Abraciclo, a produção da categoria Mountain Bike vem crescendo principalmente porque envolve um tipo de bicicleta que passou a ser utilizado também nas cidades, apesar de sua aplicação clássica como veículo off-road.

PERSPECTIVAS

Para o vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, os
resultados dos seis primeiros meses do ano trazem boas perspectivas para o setor no segundo semestre. "Teremos lançamentos tanto no que se refere a produtos quanto à aplicação de novas tecnologias, que vão impactar no aumento do desejo de compra dos consumidores", afirma.

70 milhões

É o número de bicicletas que compõem a frota nacional, com produção anual de 2,5 milhões de unidades.

O Brasil é o quarto produtor mundial de bikes. E as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus são as maiores produtoras do País.

Serviço de bike-delivery está em alta

Tornou-se comum visualizar pessoas realizando pedaladas coletivas nos grandes centros urbanos do País. Mas não só para lazer que as bicicletas estão sendo usadas. O número de pessoas que estão trabalhando nas chamadas `bike-delivery' está crescendo consideravelmente.

Para muitos profissionais, a função vem sendo a forma de contornar a crise financeira que o país se encontra. "Gosto muito de andar de bicicleta e, quando vi que esses aplicativos
dão a opção de fazer a entrega de bike, fiquei maravilhado com a ideia de ganhar dinheiro pedalando", conta o entregador do Uber Eats, Isaías Ferreira, 24 anos, morador de Brasília.

A empresa responsável pelos aplicativos de entrega se vincula a restaurantes e começa a receber cadastros de ciclistas interessados em realizar as entregas. Depois de aprovados para desempenhar o serviço, os donos das bikes recebem as informações da ferramenta sobre onde há produtos para serem pegos e depois levados aos clientes finais dos restaurantes; a taxa repassada aos ciclistas por entrega custa a partir de R$ 6,50. Para atrair clientes muitos apps dão descontos e até entregas gratuitas.

No Amazonas, o maior produtor de veículos de duas rodas do País, a produção cresceu 17,8%, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2019.

Saiba mais

>>Importação

Segundo dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela
Abraciclo, no primeiro semestre de 2019 foram importadas 24.432 bicicletas em todo o território nacional,correspondendo a um recuo de 53,5% ante as 52.561 unidades registradas no mesmo período de 2018.

A China, com 18.054 unidades, respondeu pelo maior volume (73,9%). Em segundo lugar ficou Taiwan (3.619 unidades e participação de 14,8%) e em terceiro, Portugal (1.754 unidades e 7,2%).

Gazola lembra que as bicicletas fabricadas atualmente no PIM são produtos de médio e alto valor agregado, reunindo o que há de mais avançado em termos de tecnologia e, com isso, garantindo qualidade, segurança e eficiência para o desempenho dos ciclistas brasileiros.
Os volumes de bicicletas produzidas no PIM no primeiro semestre deste ano foram distribuídos para comercialização nas cinco regiões do País na seguinte proporção: a Sudeste ficou com 56,6% do total, Sul com 15,5%, Norte com 11,3%, Nordeste com 10,8%
e Centro-Oeste com 5,8%.

A projeção da Abraciclo para 2019 é de 857 mil bicicletas produzidas no PIM, representando uma alta de 10,8% na comparação com 2018, de 773.641 bicicletas. Produção de motos sobe 8,4% O primeiro semestre de 2019 apresentou crescimento na produção nacional de
motocicletas.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), de janeiro a junho saíram das linhas de produção instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) 536.955 unidades, alta de 8,4% na comparação com igual período de 2018 (495.420 unidades).

Na comparação mensal, o saldo também foi positivo: em junho foram produzidas 67.991 motocicletas, correspondendo a uma alta de 35,4% sobre o mesmo mês de 2018 (50.208 unidades). Na comparação com maio (100.997 unidades) houve recuo de 32,7%, que se explica pelo menor número de dias úteis em junho - 19, ou seja, três dias a menos, além de férias parciais nas fábricas. "Esse desempenho está associado a uma demanda que vem evoluindo desde o segundo semestre do ano passado.

Polo faturou R$ 13 bilhões

O Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas 2019, lançado no mês passado pela Abraciclo ­um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mostra e analisa os "Impactos, Efetividade e Oportunidades da Zona Franca de Manaus" ­revela que a arrecadação do Amazonas tem acentuada participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País e, além disso, a atividade industrial da Zona Franca de Manaus previne um alto nível de desmatamento na floresta Amazônica, pois evita a economia predatória.

De acordo o levantamento, 15 empresas do setor estão instaladas no Polo Industrial de Manaus que faturaram no ano passado R$ 13 bilhões e fizeram investimentos de R$ 5,2 bilhões. O polo representa 14% do fatura mento de todas as indústrias instaladas no PIM: R$ 92,67 bilhões foi o faturamento das 451 empresas do PIM em 2018, crescimento de 13% em relação ao valor apurado no ano anterior, pouco mais de U$ 509 milhões.

O nível de emprego no polo de Duas Rodas, no ano passado foi de 12.517 contratações, 7,31 mil a menos que o pico da mão de obra ocorrido em 2013 quando o setor empregou
19.827 pessoas. "O ano de 2018 confirmou a inversão de curvas de produção e vendas que há tanto tempo teimavam em apontar para baixo e, com isso, trouxe uma realidade renovada para a indústria de Duas Rodas.

Tudo indica que foi iniciada uma trajetória sustentável para cima, pautada por demandas reais e crescentes que precisarão ­e deverão ­ ser atendidas por produtos tecnologicamente mais eficientes, econômicos, seguros e inovadores", disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, na abertura do Anuário da Indústria Brasileira de Duas Rodas.

O ritmo atual sinaliza a retomada consistente dos negócios e é reflexo do aumento da concessão de crédito nas operações de varejo", afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. A previsão da entidade é que a produção de motocicletas alcance 1.100.000 unidades em 2019, volume 6,1% superior ao de 2018 (1.036.846 unidades).

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Mais de um milhão de motos produzidas Em 2018, saíram das linhas de montagem do PIM 1.036.846 motocicletas. As vendas no atacado para o mercado interno, que chegaram a 957,6 mil unidades, representaram 17,6% a mais do que no ano anterior. A Região Sudeste foi responsável por 34,21% seguida pelo Nordeste, com 32,38% das compras. E no Norte foram 12,3%.

Com cerca de 150 páginas, a edição de 2019 do Anuário da Abraciclo ainda traz dados de produção e comercialização detalhados, séries históricas e comparativos dos segmentos de motocicletas e bicicletas, além de informações atualizadas sobre o perfil dos condutores de veículos de duas rodas no Brasil.

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