04/02/2015
O ambiente econômico de insegurança, com os consumidores receosos, a alta da taxa de juros e a crise do setor elétrico são apontados como os principais responsáveis pelo fraco desempenho.
"Não imaginávamos que poderíamos ter um resultado tão negativo", afirma o presidente da associação, Humberto Barbato.
"No início de 2014, prevíamos até um crescimento. Só em agosto revisamos as projeções, mas, mesmo assim, para um empate com 2013", acrescenta o executivo.
A retração foi puxada pelo segmento de elétricos, que recuou 7,2% no ano.
A redução média das tarifas das contas de luz, adotada em 2013, prejudicou a situação financeira das concessionárias, que cortaram seus investimentos.
"Esperamos que, com os novos valores da energia, as distribuidoras e geradoras voltem a fazer aportes, o que aumentaria a demanda por produtos elétricos."
Os eletrônicos, por sua vez, registraram uma retração de 2,4%. Apenas em dezembro, a queda foi de 22,3% na comparação com o mesmo mês de 2013.
Para este ano, Barbato espera que as empresas mantenham o nível de produção de 2014. "Não é das melhores expectativas, mas o ritmo da economia está baixo e ainda tem a alta da carga tributária."
Fonte: Abinee