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Produção cai, estoques crescem e ociosidade aumenta na indústria, em junho

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19/07/2013

A produção industrial e o emprego na indústria caíram em junho. O índice de evolução da produção recuou para 46 pontos e o de evolução do número de empregados no setor ficou em 48,1 pontos.  As informações são da Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira (19), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores variam de zero a cem. Abaixo de 50 revelam queda na produção e no emprego. A pesquisa mostra ainda que o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual caiu de 45,6, em maio, para 42,9 pontos, em junho, se afastando da linha divisória de 50 pontos.

Mesmo com a queda na produção e no emprego, os estoques da indústria cresceram em junho. O índice de evolução de estoques ficou em 50,6 pontos. Foi o terceiro mês consecutivo em que a indústria registra excesso de estoques. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado alcançou 51,4 pontos em junho. Os indicadores variam de zero a cem. Acima de 50 pontos revela que os estoques estão acima do previsto pelos empresários. "A indústria está longe de uma trajetória de recuperação", afirma a Sondagem.

"Há um ambiente de estagnação na indústria", resume o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Segundo ele, a retomada da atividade só ocorrerá com o aumento dos investimentos. "A indústria precisa investir mais, não só para aumentar a produção, mas para ganhar competitividade", afirma Fonseca. O economista destacou, no entanto, que a expansão dos investimentos depende de medidas de redução dos custos da economia.

ÍNDICES TRIMESTRAIS
- Neste cenário, a insatisfação dos empresários com o lucro e com a situação financeira das empresas aumentou.  No segundo trimestre deste ano, o índice de satisfação com as margens de lucro caiu para 42,2 pontos e o de satisfação com a situação financeira recuou para 47,5 pontos. Ambos os índices alcançaram os menores valores desde o segundo trimestre de 2009.  Os indicadores trimestrais variam de zero a cem. Abaixo de 50 indicam insatisfação.

Além disso, o índice de preços médios das matérias-primas cresceu em relação ao trimestre anterior  e alcançou 63,7 pontos. Valores acima de 50 pontos revelam aumento dos preços. As empresas também enfrentam maior dificuldade de acesso ao crédito. No segundo trimestre, o índice de facilidade de acesso ao crédito caiu para 40,8 pontos, o menor valor desde o segundo trimestre de 2009. Indicadores abaixo de 50 pontos indicam dificuldade de acesso ao crédito.

PRINCIPAIS PROBLEMAS
- A elevada carga tributária quase sempre lidera a lista das principais dificuldades enfrentadas pelos empresários. Mas no segundo trimestre o problema ganhou importância. O número de assinalações aumentou 7,8 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre e alcançou 60% das menções.

Depois da elevada carga tributária, aparecem  a competição acirrada, com 37,1% das assinalações dos empresários, o alto custo da matéria-prima, com 35,5% das menções, e a falta de demanda, com 32,8%. Em quinto lugar, com 24,5% das citações, os empresários apontam a falta de trabalhador qualificado.

PERSPECTIVAS FUTURAS
- Embora menos otimistas, os empresários mantêm estimativas favoráveis para os próximos seis meses. Todos os índices recuaram, mas permanecem acima da linha divisória de 50  pontos, que indica expectativas positivas.

O índice de expectativa com relação à demanda caiu de 60 pontos em junho para 58,9 pontos em julho. O de quantidade exportada recuou para 54,2 pontos, indicando que os empresários mantêm a confiança no aumento das exportações. O índice de expectativa de compras de matérias-primas diminuiu de 57,1 pontos em junho para 56 pontos em julho, e o de número de empregados recuou de 53 pontos para 51,5 pontos.

A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 12 de julho com 1.953 empresas. Dessas, 719 são pequenas, 737 são médias e 497 são de grande porte.

Fonte: Portal da Indústria.com.br

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