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Privatização de rios do Amazonas desagrada empresariado

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16/04/2015

Soou estranho para a indústria e o comércio amazonense o projeto do Ministério do Planejamento (Mapa), que objetiva privatizar a exploração de hidrovias amazonenses.

O debate sobre a iniciativa foi denunciado, ontem, pelo deputado Dermilson Chagas, na Assembleia Legislativa do Estadual (Aleam), que segundo está é discutido em nível nacional, sem que a presença do Estado.

Conforme o parlamentar, o projeto piloto Mapa abriria concessão a entidades privadas dos rios navegáveis na Amazônia, que iniciaria pelo Rio Madeira e se estenda aos rios Tocantins e Tapajós.

O presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, não vê coerência na proposta de privatização de rios como o Madeira, que liga o Amazonas a Rondônia.

No entanto, se objetivar soluções para melhor navegação será bem vinda. Entre as melhorias, ele apontou a necessidade de balizamento do Madeira, com a finalidade de torná-lo melhor navegável.

“É um rio que precisa de excelentes práticos para se navegar. Por conta dos seus problemas de navegação o seu trafego hoje é quase zero. Se colocar a iniciativa privada num processo desses poderia ser melhor para a indústria e comércio”, avaliou Bicharra. Ele, por outro lado, observou que a iniciativa não deve sair do papel se tomar como exemplo outras soluções logísticas que esbarram nas questões ambientais, como a rodovia federal BR-319.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, avaliou como estranho querer privatizar rios navegáveis. Entretanto, ele observou se se tratar de uma busca por infraestrutura para navegação será bem vindo.

“Pelo que percebo isto parece que querem dar concessão à iniciativa privada para tornar viável o transporte pelos rios, com sinalização e novos portos para criar alternativas de escoamento dos produtos da nossa indústria”, disse Azevedo. “Mas há questões ambientais que tornaria mais difícil essa iniciativa chegar a algum lugar”, completou.

Investimentos em portos são defendidos


Para os representantes, ao invés de pensar em privatização de rios, a discussão dos responsáveis pela infraestrutura do país deveria focar na construção de portos que atendessem a contento a indústria e o comércio do Amazonas. Atualmente, conforme dados da ACA, Manaus conta com 47 portos, mas somente sete são legalizados.

Segundo Bicharra, a maioria das mercadorias e insumos de outros Estados e do exterior, que chegam à Manaus, é armazenada nos dois maiores portos privados da cidade: Chibatão e Superterminais. Apesar de dotados de espaço e infraestrutura, o presidente da ACA os classifica como precários e com taxas exorbitantes.

“Não conseguimos entender como as nossas autoridades que não conseguiram construir um porto decente para uma cidade com porte industrial que tem Manaus. Somos o terceiro polo industrial do país. As nossas mercadorias quase 100% vêm por meio da água”, frisou Bicharra.

O vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, salientou que a logística do Estado é complexa e deficiente.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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