16/11/2022
EDUARDO RODRIGUES BRASÍLIA
Após queda em agosto, a economia brasileira mostrou ligeira alta em setembro, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCBr), considerado uma espécie de prévia do PIB. O indicador subiu 0,05%, considerando a série sem efeitos sazonais. Em agosto, havia recuado 1,13%. De agosto para setembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 143,94 pontos para 144,01 pontos. Olhando para trás, esse patamar só fica abaixo de julho, quando o indicador atingiu 145,58 pontos.
O resultado veio dentro das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Estadão/Broadcast, cujo intervalo ia de recuo de 0,40% a avanço de 0,80%, mas bem abaixo da mediana de alta de 0,30%. Na comparação entre os meses de setembro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 4% na série sem ajustes sazonais.
Esta série registrou 144,44 pontos no nonora o período desde 2014 (148,12 pontos). O IBC-Br serve como um parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 2,7%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. FRAQUEZA. Para David Beker, chefe de Economia no Brasil e Estratégia para América Latina do Bank of America (BofA), o IBC-Br de setembro reforça a visão de que a atividade será mais fraca no segundo semestre em relação ao primeiro. “Após a surpresa negativa em agosto, o índice de setembro mostrou que a atividade está esfriando suavemente”, disse, em relatório. “Os efeitos do ciclo de aperto do BC foram sentidos mais profundamente em setembro. Além disso, o cenário externo continua desafiador, com um ambiente inflacionário pressionado e políticas monetárias restritivas.”
Fonte: Jornal O Estado De São Paulo – Estadão