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​Presidente do Conselho Superior do CIEAM defende na Câmara do Deputados asfaltamento da BR-319 com total respeito ao meio ambiente

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07/10/2025

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), representado pelo presidente do Conselho Superior, Luiz Augusto Rocha, marcou presença na audiência pública sobre a BR-319 na Comissão de Fiscalização e Controle, da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (7).

Em sua manifestação, o presidente do CIEAM apresentou a visão da indústria, classificando a liberação e construção da BR-319 como uma necessidade estratégica para a perenidade da Zona Franca de Manaus, além de uma questão de responsabilidade social e histórica do país para com a Amazônia.

Rocha lembrou que a ausência da ligação rodoviária se manifestou como um filme de horror durante a pandemia de covid-19, quando muitos brasileiros foram condenados à morte pela falta de acesso.

Ele reforçou o peso histórico da rodovia destacando os seguintes pontos:

- A política pública de "governar é construir estradas" foi definida pelo presidente da República, Washington Luiz (1926-1930), há quase 100 anos;

- Em 1934, o plano geral de viação nacional já previa a construção de uma rodovia para integrar o Brasil;

- A BR-319 (trecho Manaus-Humaitá) já era prevista como política pública no plano rodoviário do extinto DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) em 1937, antes mesmo de Brasília existir.

“Portanto, o problema não é ausência de política pública, mas ausência de projeto e de determinação política”, disse Luiz Rocha.

Custo da inação: R$ 1,5 bilhão

De acordo com Luiz Rocha, a fragilidade logística é o ponto central dos dados industriais. O presidente sublinhou que, proibidos do modal rodoviário e considerando o aéreo inviável pelos altos custos, a única possibilidade que resta é o modal marítimo, que depende criticamente da navegabilidade dos rios.


“Na crise de 2024, a indústria da ZFM despendeu de seus próprios bolsos R$ 1,5 bilhão em custos adicionais (sobrecustos). Isso ocorreu devido a transportes realizados em modais muito mais caros, aumento de estoques e a cobrança da taxa da seca”, mencionou o presidente.

Ele reforçou a dimensão do desafio, citando o faturamento do polo industrial de Manaus, estimado de R$ 147 bilhões para 2025, o qual não é possível escoar apenas por avião.

Infraestrutura com orçamento zero

Rocha criticou ainda a ausência de recursos estruturais, afirmando que a região tem zero de orçamento público para obras estruturais.

“Para 2025, o orçamento segue com zero para infraestrutura, com R$ 80 milhões destinados apenas à dragagem. E tentar resolver o problema com dragagem é como querer esvaziar uma piscina olímpica com um copinho de plástico de 200 ml”, ressaltou.

Ele defendeu ainda de um Plano Nacional de Logística da Amazônia, trazendo a Academia Amazonense (UFAM, UEA) para discutir tecnologia e soluções, pois a região é peculiar e não pode ser discutida na perspectiva da avenida Faria Lima, de São Paulo.

Preservação ambiental

O presidente reafirmou o compromisso da indústria com a preservação ambiental. Ele classificou o embate entre infraestrutura e meio ambiente como equivocado.

“A indústria não abre mão da proteção do meio ambiente porque tem mantido preservada mais de 97% da nossa floresta. Sem a preservação ambiental, a indústria não faz questão de ter nenhum movimento que coloque em risco a preservação da Amazônia, que é um patrimônio nacional e de importância para o mundo", declarou.

A conclusão do presidente do CIEAM que é perfeitamente possível e necessário fazer a infraestrutura e respeitar o meio ambiente. O que não se pode permitir é o adiamento contínuo, deixando de realizar o que é necessário.

Avaliação

Ao final da audiência pública, o presidente do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, avaliou o debate e reforçou a posição da indústria.

Rocha destacou a importância da presença da indústria do Amazonas na audiência, que trouxe a visão de um setor tão importante para o Brasil. Ele se disse muito otimista ao sair da audiência, especialmente pela presença dos ministérios envolvidos e pelo que percebe ser uma vontade política, uma decisão política de fazê-lo.

Mencionou que a BR-319 é uma voz comum como prioridade do estado e relembrou ter escutado pessoalmente o presidente Lula afirmar, em uma reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), em Manaus, que o asfaltamento da BRT-319 é uma prioridade do seu governo. Rocha enfatizou, por fim, a importância da articulação entre o parlamento brasileiro, a Casa Civil e as instituições regulamentadoras.

Participantes

A audiência pública foi uma solicitação do deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), que contou também com as presenças dos deputados Pauderney Avelino (União-AM), Cristiane Lopes (União-RO) e Sílvia Cristina (PP-RO).


Também participaram da audiência pública sobre a BR-319 o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, o secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, e representantes do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente.

Assista abaixo a participação do Presidente do Conselho Superior do CIEAM na audiência:


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