17/02/2014
No entanto, uma conversa com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, no caminho para Manaus, na última sexta-feira (14), a convenceu de que era melhor conversar diretamente com os europeus. Na União Europeia, a decisão de manter a visita foi considerada positiva.
Em entrevista a rádios do Amazonas, a presidente deu indícios do porquê de ter reconsiderado a decisão. “Eu estarei na UE, farei uma visita à UE, possivelmente dia 24 de fevereiro, e um dos temas da minha pauta com a União Europeia é essa questão da Zona Franca de Manaus”, afirmou.
A existência da Zona Franca na capital amazonense e em outras áreas da Região Norte é um dos pontos que os europeus pretendem questionar na OMC. A União Europeia alega que países emergentes usam a necessidade de desenvolver regiões mais pobres como desculpa para criar zonas francas, com incentivos fiscais, que distorcem a competitividade e prejudicam os países europeus. Na mesma entrevista, Dilma afirmou que pretende ver aprovada a manutenção da Zona Franca até 2050.
A presidente estará na Itália, nos dias 22 e 23 deste mês, e queria que a reunião, inicialmente marcada para o dia 27, fosse antecipada. Segundo o governo brasileiro, a UE não teria dado resposta a esse pedido. Na verdade, os europeus haviam confirmado a mudança há vários dias, mas Dilma resistia por causa da disputa comercial na OMC.
A disputa que os europeus se preparam para lançar contra a política industrial brasileira, certamente será um dos principais temas da pauta. Em Genebra, ontem, os negociadores europeus terminaram o segundo dia de consultas sobre a queixa da UE contra o sistema de incentivos fiscais do Brasil e as regras da Zona Franca de Manaus.
Na agenda, também deverá estar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Fonte: Portal D24am.com