06/11/2013
O presidente da ACA cita que as empresas têm que acionar as fornecedoras com muita antecedência devido a logística do Amazonas, e com os impostos pagos antecipadamente o empresário acaba ficando sufocado. “Se quisermos vender em janeiro, precisamos acionar nossos fornecedores em outubro, já que temos problemas logísticos, e pior, a burocracia da Sefaz faz com que paguemos os impostos sobre aquilo o que não faturamos”, disse.
De acordo com Bicharra, a ACA já enviou uma carta para a Sefaz, para negociar a questão mas não obteve resposta. A grande reclamação é pelos agregados que tem cota de 70% na margem. “Os impostos chegam a 25% do total do produto e mais 30% é gasto com frete. “Fica 55%. Se jogar na mercadoria você fica sem liquidez e tendo que bancar os impostos”, reclama.
O vice-presidente da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), Aderson Frota, cita a construção civil, perfumaria, eletro-eletrônicos como exemplos de mercadorias que tem um valor agregado de 70%. “Isso gera vários problemas ao empresário, reconhecemos as vantagens trazidas, somos a favor, mas as taxas precisam ser negociadas. Já tentamos falar com o governo, mas as conversas andam e depois voltam”, conta.
Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Logistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag, a substituição tributária sobrecarrega o empresário, mas é a única saída viável. “O pagamento é feito direto na barreira, acaba com a pilantragem, acaba com fiscal querendo receber extra e com a informalidade. Sabemos dos problemas que acarreta mas é há única medida cabível atualmente. Em um 1º momento é complicado mas é um período. Mais para frente podemos pensar em rever isso, mas no momento é a única maneira”, afirma.
Fonte: Portal Amazônia