29/04/2015
O nome de Igrejas, que é um técnico de carreira e assumiu o papel de superintendente interino desde a saída de Thomaz Nogueira, em 10 de novembro de 2014, tem sido defendido pelo senador Omar Aziz (PSD). Segundo Omar, enquanto o poder público não acabar com essa prática de leiloar cargos públicos, de confiança e técnicos, não será possível sair da crise. O senador informou que, apesar de não ter nenhuma relação próxima com Gustavo Igrejas, é totalmente a favor de que órgãos como a Suframa sejam administradas por técnicos de carreira. “Igrejas é um técnico de carreira da instituição, respeitado, bem conceituado, conhece a estrutura e sabe como as coisas funcionam”.
Além de Omar, a permanência de Igrejas também é visto com “bons olhos” pelo governador José Melo (Pros). Apesar de não declarar abertamente sua posição, o governador afirmou, em reunião com setor empresarial no início do mês, que defende a indicação de um quadro técnico, e não político, para assumir a direção da autarquia.
Para o deputado federal Pauderney Avelino (DEM), vivemos um momento político muito delicado e o governo deve tomar decisões com muita cautela. “Só acho que nomeação política, no momento de dificuldade que o país vive uma crise que ataca o nosso polo industrial não é bom. Indicar um nome político nesse cenário é no mínimo temerário”, destacou. O democrata ressaltou ainda que, seja o nome que for, será fiscalizado. “Não indico ninguém, sou oposição, cobro resultados”, fechou Avelino.
A principal adversária de Igrejas na disputa da cadeira é a ex-deputada federal Rebecca Garcia (PP). Apesar de ter declarado que desde o mês de janeiro não conversava com ninguém sobre o assunto e que ficou muito surpresa ao ouvir seu nome sendo cogitado para assumir o cargo, destacou que está pronta para assumir o desafio.
Informações de bastidores apontam que entre os principais articuladores para nomeação de Rebecca é o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB). Apesar de preferir não se manifestar sobre o assunto – assim como a senadora Sandra Braga (PMDB) e o deputado Hissa Abrahão (PPS), o ministro tem feito pressão para a escolha de Rebecca, que foi sua candidata a vice-governadora no pleito de 2014.
No muro
O deputado Alfredo Nascimento (PR), defende a ideia de que o gestor ou gestora do órgão deve ser um nome local e que conheça a realidade do polo, além de manter uma boa relação com a região. A assessoria do deputado destacou que não há uma defesa sobre a escolha ser política ou técnica, mas que a pessoa seja da região e conheça a região e o funcionamento do Distrito Industrial.
Fonte: Amazonas Em Tempo